Ditadura da Venezuela quer rastrear todos os passos dos cidadãos
Venezuela está lançando um novo cartão de identificação fabricado na China que pode rastrear, recompensar e punir cidadãos.
A ditadura de Nicolás Maduro está lançando uma nova carteira de identidade ("Carnet de la Patria", ou simplesmente, "Cartão da Pátria").
O documento contém uma tecnologia desenvolvida pela empresa chinesa ZTE e armazena todas as informações das pessoas no país, incluindo suas atividades políticas — como, por exemplo, o seu voto nas últimas eleições —, econômicas e os registros de suas participações nos programas sociais do país.
Críticos atacaram o regime chavista, argumentando que isso promove o rastreio e a punição dos cidadãos. O que de fato acontece.
Por exemplo, o venezuelano que participar de alguma ação ativista contra a ditadura pode ter problemas com seu registro em programas sociais. Dentre os programas atualmente em vigor no país, estão subsídios à comida e saúde.
O cartão em si não é novidade: na China, um formato similar é utilizado há anos. É justamente ele quem serviu de inspiração para o modelo da Venezuela, ao ponto de contratarem a mesma fabricante.
Por uma licitação governamental realizada ano passado, a ZTE recebeu da Venezuela cerca de US$ 70 milhões para trabalhar na criação de uma base de dados e um sistema de pagamentos usando o smartcard.
Uma equipe de funcionários da ZTE está atualmente incorporada à Cantv, empresa estatal de telecomunicações venezuelana.
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