UBERMENSCHS BRASILEIROS: JOVENS VIVENDO NA CARTILHA DA SERPENTE
O problema da maioria da nossa juventude, futuro do nosso país, é que seus pais ensinam que o que importa é o que eles acumulam e não o tipo de gente que eles vão se tornar.
A maioria dos pais de hoje estão criando os filhos para ter e não para ser. Não importa como a filha conseguiu aquele badalado carro ( se foi saindo nua numa revista, se foi dormindo com o diretor da novela), o que importa é que ela tem aquele carro para desfilar pela vizinhança, para que os outros vejam como elas são "bem sucedidas" e a vizinha fofoqueira dobre a língua; não importa se o filho comprou pessoas ou se derrubou pessoas para conseguir o cargo que está ocupando ou como conseguiu uma vaga para mudar de time de futebol, o que importa é que ele tem um apartamento em bairro nobre, celular da marca mais desejada e, agora, namora a celebridade mais disputada. 'Pronto, família feliz! Meu filho é notícia na tv, vamos ficar ricos!'.
Somos uma sociedade "terapeutizada, que não busca outra coisa senão o conforto e o bem-estar individual", dessa forma criamos jovens prepotentes, orgulhosos, egocêntricos, imaturos, que bambeiam diante de situações difíceis, que se desestabilizam fácil emocionalmente e que, como disse Freud, evitam a dor e buscam só o prazer.
"Imagino que se a serpente falasse alemão, a proposta que apresentaria para Jesus no célebre evento da tentação no deserto seria resumida em uma única palavra: Ubermensch". Nietzsche usou essa palavra para descrever "uma personalidade movida pela ânsia de poder, pelo desejo de controlar tudo e de impor-se sobre todos".
Muitos pais estão ensinando seus filhos a viverem "na cartilha da serpente", onde descartam o caminho de Deus para poder ser "deus de si mesmos". Olha nós aqui, mordendo o fruto de novo.
" " - Aspas de Ed René, em seu livro vivendo com propósitos.
Juliana Ayres
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