A Morte Devagar
"Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos itinerários. Quem não muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
(...)
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, quem não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe perguntam sobre algo que ele sabe.
Evitemos a morte em pequenas doses, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que simplesmente respirar.
Somente a paciência ardente fará com que conquistemos uma felicidade plena.
Autora: Martha Medeiros
Programa 131 - poema 2 - via: http://tvcultura.cmais.com.br/provocacoes
0 Comentários