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Posted: 06 May 2010 06:03 AM PDT I. INTRODUÇÃO Na lição de hoje veremos que Deus ensina, de modo prático, uma importante lição a Jeremias. O Senhor pede que o profeta vá à casa do oleiro, para que ali observe o trabalho do artífice. Jeremias obedece ao Senhor e, naquele local, aprende uma importante lição a respeito da soberania divina. (II. DESENVOLVIMENTO) I. A VISITA À CASA DO OLEIRO 1. A casa do oleiro. O profeta ouvia a voz de Deus nos acontecimentos mais simples da vida diária. Jeremias ouvira a palavra do Senhor enquanto observava uma amendoeira, água fervendo na panela e, agora, o oleiro em seu ofício. Aparentemente a casa do oleiro localizava-se no vale do Filho de Hinom, perto da porta do Oleiro (19.2); daí, a ordem para descer. Este vale localizava-se a sudoeste de Jerusalém. Seu nome equivalente, em grego, é Gehenna ou 'inferno' (um depósito de lixo, fora de Jerusalém, onde o fogo queimava constantemente, famoso por ser local de sacrifícios humanos pelo fogo, durante os reinados de Acaz e Manassés (2Cr 28.3; 33.6). Jeremias chamou-o o 'vale da Matança', um símbolo do terrível juízo de Deus (Jr 7.32)). II. A SOBERANIA DE DEUS A afirmação de que Deus é absolutamente soberano na criação, na providência e na salvação é básica à crença bíblica e ao louvor bíblico. A visão de Deus reinando de seu trono é repetida muitas vezes (1Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2; conforme Sl 11.4; 45.6; 47.8-9; Hb 12.2; Ap 3.21). Somos constantemente lembrados, em termos explícitos, que o SENHOR (YAWEH) reina como rei, exercendo o seu domínio sobre grandes e pequenos, igualmente (Ex 15.18; Sl 47; 93; 96.10; 97; 99.1-5; 146.10; Pv 16.33; 21.1; Is 23.23; 52.7; dn 4.34-35; 5.21-28; 6.26; Mt 10.29-31). O domínio de Deus é total: ele determina como ele mesmo escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos. Ele exerce o seu governo no curso normal da vida, bem como nas mais extraordinárias intervenções ou milagres. 1. Definição. A soberania divina é a garantia de que as promessas de Deus jamais falham e a análise desta prerrogativa do Senhor é importantíssima para o fortalecimento de nossa fé. A soberania de Deus recebe forte ênfase na Escritura. Ele é apresentado como o Criador, e Sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de Sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o que eles contêm Lhe pertencem. Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra. Ele sustenta todas as coisas com a Sua onipotência, e determina os fins que elas estão destinadas a cumprir. Ele governa como Rei no sentido mais absoluto da palavra, e todas as coisas dependem dele e Lhe são subservientes. As provas bíblicas da soberania de Deus são abundantes, mas aqui nos limitaremos a referir-nos a algumas das passagens mais significativas: Gn 14.19; Ex 18.11; Dt 10.14, 17; 1 Cr 29.11, 12; 2 Cr 20.6; Ne 9.6; Sl 22.28; 47.2, 3, 7, 8; Sl 50.10-12; 95.3-5; 115.3; 135.5, 6; 145.11-13; Jr 27.5; Lc 1.53; At 17.24-26; Ap 19.6. Dois dos atributos requerem discussão sob este título, a saber, (1) a vontade soberana de Deus, e (2) o poder soberano de Deus (Louis Berkhof – Teologia Sistemática – p. 68). 2. Soberania não é arbitrariedade. "Falar da soberania de Deus não é nada mais do que falar da sua Divindade" – J. Blanchard. Deus exerce sua soberania em misericórdia abundante, não na rigorosa justiça. Sua paciência com Judá prova sua vontade de salvar e confirma o fato de que o fracasso da nação não foi culpa sua. A doutrina calvinista da predestinação não se sustenta justamente por contrariar os dois principais atributos de sua bondade: santidade e justiça. II. O CRENTE E A VONTADE DE DEUS O objetivo da obra redentora de Cristo era criar um povo seu especial, purificado do pecado e zeloso de boas obras. O crente precisa submeter-se à vontade de Deus, a fim de que Ele opere em sua vida segundo o seu querer. SINOPSE DO TÓPICO (3) "O chefe de família diz: "Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? – MT 20.15" e o Deus dos céus e da terra te faz esta mesma pergunta nesta manhã. "Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu?" Não existe atributo de Deus que ofereça mais conforto aos seus filhos do que a doutrina da Soberania Divina. Nas circunstâncias mais adversas, nas mais severas inquietações, eles crêem que a Soberania ordenou as suas aflições, acreditam que ela as governa e os santificará completamente. Não existe outra coisa pela qual os filhos de Deus devam mais ardentemente contender do pelo assunto referente ao domínio de seu Mestre sobre toda a criação – a majestade de Deus sobre todas as obras de suas próprias mãos – e pelo assunto referente ao trono de Deus, e ao Seu direito de assentar-se sobre esse trono. Por outro lado, não há doutrina mais odiada pelos mundanos, nem uma verdade com a qual eles mais brincam do que a grande e estupenda, mas todavia mui certa, doutrina da Soberania do infinito Jeová. Os homens permitem que Deus esteja em qualquer lugar, exceto em Seu trono. Permitem que Ele esteja em Sua oficina, moldando os mundos e criando as estrelas. Permitem que Ele esteja em Sua entidade filantrópica para dispensar Suas esmolas e conceder Suas generosidades. Permitem que Ele mantenha firme a terra e sustenha os pilares dela, ou que ilumine as lâmpadas do céu, ou governo as ondas do oceano inquieto; porém, quando Deus ascende ao Seu trono, Suas criaturas então rangem os dentes; e, quando proclamamos um Deus entronizado, e Seus direitos de fazer o que quiser com o que é Seu, de dispor de Suas criaturas como considerar melhor, sem consultá-las a respeito do assunto, então, nesse momento somos vaiados e execrados, e os homens tapam os ouvidos para nós, porque o Deus que está em Seu trono não é o Deus que eles amam. Eles O amam em qualquer lugar, exceto quando Ele se assenta no trono, com Seu cetro em Suas mãos e Sua coroa sobre a cabeça. Mas é um Deus entronizado que amamos pregar. É Deus sobre o Seu trono em quem confiamos. [...] Devemos assumir, antes de começar o nosso discurso uma coisa certa, a saber, que todas as bênçãos são dons e que não temos nenhuma reivindicação delas por nossos próprios méritos. Penso que toda pessoa que considera os fatos concordará. E sendo isto admitido, nos esforçaremos para mostrar que Ele tem um direito, vendo que eles são Seus para fazer o que Ele quiser com eles – reter deles totalmente como Lhe agradar – distribuir para com todos eles se Ele escolher – dar a alguns e a outros não – dar a ninguém ou a todos, segundo pareça bom a Sua vista. "Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu?"" (Sermão pregado na manhã de domingo, 04 de maio de 1856, pelo Rev. C. H. Spurgeon na Capela de New Park Street, Southwark – Inglaterra – http://www.monergismo.com/textos/chspurgeon/Soberania_Spurgeon.htm). (Charles Haddon Spurgeon, – O Príncipe dos Pregadores (19 Jun 1834 – 31 Jan 1892) – pregador Batista Reformado, nascido em Kelvedon, Essex, Inglaterra.) (III. CONCLUSÃO) Não há nada que esteja excluído do campo da soberania de Deus, incluindo até mesmo os atos ímpios dos homens. Embora Deus não aprove esses atos de impiedade, Ele os permite, governa e usa para os seus próprios objetivos e glória. A crucificação, o crime mais hediondo de todos os tempos, estava comprometida dentro dos limites 'do determinado conselho e presciência de Deus' (At 3.23). O Senhor Jesus disse a Pilatos que crucificar o Filho de Deus não era uma atitude que estava dentro dos limites do poder humano, mas aquele poder só poderia vir de Deus (Jo 19.11). Outro aspecto importante desta doutrina é o exercício, por parte de Deus, da sua soberania sobre o destino eterno dos homens. O dom da vida eterna é a posse, por parte daqueles a quem Deus, antes da fundação do mundo, 'predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade' (Ef 1.5)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp.1844-45). APLICAÇÃO PESSOAL Nessas minhas idas e vindas pelo Brasil, pude assistir um oleiro executando seu trabalho de confeccionar peças de artesanato Marajoara em Icoaraci, distrito de Belém do Pará. Os vasos Marajoaras possuem uma constituição do tipo monobloco, produzidos a partir de uma única porção de argila que vai sendo torneado e modelado até atingir a forma desejada com muito suor para fazer o torno girar. Essa estrutura formada por uma só pedra dá àqueles vasos torneados uma grande resistência e uma capacidade de secagem homogênea e uma melhor resistência às perdas por rachaduras e rupturas na queima. Durante a confecção do vaso, uma sutil batalha se trava entre as forças envolvidas nesse trabalho: a força do peso da argila levando o bloco para o centro do torno, a força da rotação do torno que afasta do centro o bloco de argila, a força mecânica ascendente das mãos do oleiro e a força descendente da gravidade, travam uma luta para se impor. Se alguma delas conseguir a supremacia a peça será destruída. Não é por qualquer motivo que o cristão é comparado com o barro e Deus como nosso oleiro. A etapa de modelagem sempre começa com algo bruto e de muita força, mas com o passar do tempo, o vaso começa a tomar forma e não é mais preciso tanta força e já é possível tirar o que não serve ou adicionar o que está faltando de maneira muito delicada, sem maiores sofrimentos. Depois de passar por estas etapas, é levado para a fornalha. Muitos são reprovados e trincam ou aparecem imperfeições por falha em alguma etapa. Os que resistirem ao fogo de quase 1000 graus saem muito mais fortes do que entraram. Ao final de todo o processo, são peças formosas, de rara beleza, colocadas em lugares de destaque. A produção do oleiro depende da qualidade da argila; o que Deus faz do seu povo depende da reação deste. Nos acostumamos a ver líderes convidando o povo a colocar Deus contra a parede, se transformou em mania o chamado CULTO DA RESTITUIÇÃO, onde o povo é levado a cobrar a restituição de algo supostamente roubado pelo diabo. Prosperidade e 'teologia das $emente$', esta, sem dúvida nenhuma, está em primeiro lugar, apesar de o Senhor Jesus ter dito: "Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça…" (Lc 12.13-31). Dizem os pregadores e cantores que propalam essa moda: "Muitos criticam quem fala de prosperidade. Mas eu não falo sobre prosperidade; eu vivo prosperidade. Eu não ando mais de fusquinha; tenho tudo do bom e do melhor. Se você quiser ser como eu, passe a ofertar sempre com a maior nota que tiver em sua carteira". Alguns propagadores da Teologia da Prosperidade têm afirmado: "Quem planta sementes de laranja, colherá muitas laranjas. Quem semeia dinheiro colherá muito dinheiro. E quem semeia muito dinheiro colherá muitíssimo dinheiro". Os incautos que acreditam nisso aceitam cada novo desafio dos telepregadores das $emente$. E estes, por avareza (2 Pe 2.1-3; 1 Tm 6.10), percebendo que a estratégia está funcionando, pedem valores cada vez mais altos." (http://cirozibordi.blogspot.com/2010/05/por-que-teologia-das-emente-e.html).O povo busca ouvir o que seus ouvidos comicham, e a liderança não combate esses que mercadejam a Palavra muito menos corrigem os aleijões teológicos vociferados por eles. Muitos estão fascinados com o resutaldo de campanhas como esta grande falácia das $emente$. Opõe-se ao princípio da generosidade. Aquele que semeia dinheiro está agindo por causa de sua necessidade, egoisticamente, e não por generosidade altruísta. E porque não é combatida? Questionar a moralidade das ações divinas é inadequado. As criaturas não têm o direito de objetar ao que seu Criador faz. Este ensinamento jamais deveria nos levar a pensar que uns são mais dignos que outros, mas sim, que o Criador controla toda a criação. Não há base para o ensino que afirma que podemos exigir de Deus, ou de alguma forma 'pressioná-Lo' a faze algo. A criatura não tem o direito de exigir nada do seu Criador visto que sua existência depende dEle. A Soberania de Deus é um ensino bíblico que se refere ao absoluto, irresistível, infinito e incondicional exercício da vontade própria de Deus sobre qualquer área da sua criação. Deus é aquEle que ordena todos os eventos ao longo do tempo e da eternidade. Ele também é o Criador e Mantenedor de tudo o que existe. Deus 'faz todas as coisas, segundo o conselho de sua vontade' (Ef 1.11) Subsídio Teológico BIBLIOGRAFIA PESQUISADA - Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD; EXERCÍCIOS RESPONDA 1. Qual o tema central do capítulo 18 de Jeremias? 2. O que é a soberania divina? 3. Qual a diferença entre soberania e arbitrariedade? 4. Com que base fomos nós eleitos por Deus? 5. Por que devemos orar intercessoriamente. BOA AULA! Fonte: http://auxilioebd.blogspot.com/ This posting includes an audio/video/photo media file: Download Now |
A soberania e a autoridade de Deus – 1 Posted: 06 May 2010 06:00 AM PDT Objetivo: Mostrar que Deus, em Sua soberania inquestionável, trata as Suas criaturas como bem lhe aprouve, portanto, devemos aprender a submetermo-nos à Sua perfeita, boa e agradável vontade. INTRODUÇÃO 1. NA CASA DO OLEIRO 2. A SOBERANIA E AUTORIDADE DE DEUS 3. SUBMETENDO-SE À VONTADE DE DEUS CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/ This posting includes an audio/video/photo media file: Download Now |
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