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- Os perigos do desvio espiritual – 5
- A educação dos filhos na pós-modernidade
- Os perigos do desvio espiritual – 4
Os perigos do desvio espiritual – 5 Posted: 09 Apr 2010 10:05 AM PDT TEXTO ÁUREO: Jr. 2.13. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas. Texto Reflexivo: Jr.2.19. A tua malícia te castigará, e as tuas apostasias te repreenderão; sabe, pois, e vê, que má e amarga coisa é o teres deixado o Senhor teu Deus, e o não haver em ti o temor de mim, diz o Senhor Deus dos exércitos. "Consumação do século" (sinteléias tou aionos), sinteléias segundo o dicionário grego de Carey, significa consumação, fim, acabamento, completamento. Aiõn/Aeon (os), significa: ciclo, era, época, eternidade; também pode ser traduzido por mundo, porém, apenas na questão temporal, espaço de tempo. O mundo físico, o planeta, no original grego é (kosmos). Do hebraico 'r?pâ', o verbo "deixar" é 'ipsis verbis' "afundar", "deixar cair", "desanimar". Enquanto Josué se erguia, o Jeová O Eterno lhe falava: "Não te deixarei afundar, desanimar, cair". A Septuaginta (LXX) traduziu a expressão por "Eu não te deixarei em apuros". Anátema Nome masculino 1.sentença que expulsa um católico da Igreja; excomunhão 2.maldição, imprecação 3.condenação; reprovação, repreensão REFLETINDO SOBRE APOSTASIA E DESVIO: Nem as nações distantes de Deus, se houveram como Israel, nunca se viu uma Cultura inteira se voltar contra um manancial de ÁGUAS VIVAS, como Israel fez com o Senhor. Entenda que águas vivas significam uma fonte que jamais cessa de brotar em qualquer tempo, ou situação, está sempre dessedentando o povo. A História nos mostra a tendenciosa atitude de Israel buscar ajuda alternativa política de fortalecimento, desprezando a força de Jeová. Assim Jeremias fala ao povo simbólicamente que eles eram como: http://www.ebdweb.com.br/2009/02/05/a-maldicao-do-pecado-pr-osiel-varela/ Esse vocábulo é usado em 3 modos diferentes: Na história deuteronomística, da qual 1Samuel faz parte, é o objeto que tem que ser eliminado, como diz Deuteronômio: 7,1 e 13,18. APOSTASIA E DESVIO [cont...]: Jr.2.27. que dizem ao pau: Tu és meu pai; e à pedra: Tu me geraste. Porque me viraram as costas, e não o rosto; mas no tempo do seu aperto dir-me-ão: Levanta-te, e salvamos. HOJE: 10.2. Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações…. Danças; CONDENADOS POR JEREMIAS: -pôs uma imagem de escultura, no bosque da Casa do Senhor; Orientação a Seguir: Dt.12.30,31. Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as Deus é o Único Deus: Chega a tempos próximo, do Desastre Final com Manasses: 2 Reis21.-8. TINHA Manassés doze anos de idade quando começou a reinar, e cinqüenta e cinco anos reinou em Jerusalém… E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme as abominações dos gentios que o Senhor expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel. Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha destruído, e levantou altares a Baal, e fez um bosque como o que fizera Acabe, rei de Israel, e se inclinou diante de todo o exército dos céus, e os serviu. E edificou altares na casa do Senhor, da qual o Senhor tinha falado: Em Jerusalém porei o meu nome. Também edificou altares a todo o exército dos céus em ambos os átrios da casa do Senhor. E até fez passar a seu filho pelo fogo, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e ordenou adivinhos e feiticeiros; e prosseguiu em fazer o que era mau aos olhos do Senhor, para o provocar à ira. Também pôs uma imagem de escultura, do bosque que tinha feito, na casa de que o Senhor dissera a Davi e a Salomão… E não mais farei mover o pé de Israel…contanto que somente tenham cuidado de fazer conforme tudo o que lhes tenho ordenado, e conforme toda a lei que Moisés, meu servo, lhes ordenou. Restauração: Deus manda uma mensagem aos que estão no Exílio, uma mensagem de que continuem a multiplicar-se pois ainda, voltarão a ser um Grande Povo em Sua própria Terra – Canaã. Não desista quando você está num processo de desvio ou mesmo já foi exilado da tua possessão espiritual, Deus tem ainda um Tempo Novo para você! Quando nos propomos a realizar uma restauração, a ação primordial é atentar para o que Deus nos fala pela sua Palavra, Israel deixou de lado o fundamento doutrinário-constitucional da Nação para sem lei, seguir o princípio secular de outros povos. Ora! Isto foi fundamental, enquanto os estrangeiros vizinhos e parceiros militares-políticos atendiam e obedeciam, ainda que ignorância, aos ditames de seus "deuses", Israel os acompanha em nesta aventura distanciado de uma orientação espiritual, ordenada pelo Deus Jeová. Desta maneira, Israel estava sem lei para cumprir, e se um Estado não tem suas Leis, ou Carta Magna, vira um Estado anárquico, que é a questão profetizada por Jeremias, a anarquia era generalizada; Da mesma forma, se a Igreja deixar se corromper e desprezar a Bíblia e for andar sob visões e interpretações humanas das Escrituras, será uma Igreja morta ou esvaziada, na direção do abismo e Desvio espiritual. A Igreja de Éfeso foi avisada, como nós estamos sendo avisados nesta Lição sobre o afastamento das primeiras ações em amor na Igreja de Deus. Pérgamo Também Sofreu A Mesma Exortação: Ap.2. 14-16. …algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão…introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem. Assim tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas. Arrepende-te, pois; ou se não, virei a ti em breve… "A palavra traduzida por divórcio no grego é uma palavra derivada de apostasia, daí então, da para nos termos uma idéia mais clara do que é apostatar da fé, é divorciar-se de Deus. Podemos dizer que no sentido de fé significa o desvio ou afastamento de um propósito definido, que é o de servir a Deus, podemos encarar o apóstata com desertor da fé". Pb. Juari Barbosa- Cubatão-SP. Mas, a evidencia maior, comparada à situação de Israel, nos tempos de Jeremias, o processo é idêntico, ao que ocorreu por anos á fio, com a Nação hebraica, até o desvio completo e apostata, e nos é anunciada, no texto para a Igreja de Laodicéia em Ap. 3. 15-19. …nem és frio nem quente; …porque és morno…, vomitar-te-ei da minha boca…dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta[...]; colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te. Regra Áurea: A Bíblia Interpreta A Própria Bíblia. A Igreja tem a sua carta Magna, como o Israel de Cristo, enxertado, após a queda da parede da separação, quando Cristo a derribou e de ambos os povos [Israel e gentios], fez um só povo. Tudo porque a Constituição do Estado de Israel fora renegada ou relevada a um segundo Plano. Pode ser estranho, veja no link de nossos subsídios sobre as lições sobre Josué. Assim, quando os reis promíscuos de Israel se aliançam, e como o rei Ezequias abre o Tesouro da nação ao rei do Norte, estes reis estão quebrando um anátema dado por Deus, trazendo a morte para dentro da Nação. Israel era [especial, separado] para Deus. 2 Reis 20.12-18. 17 Eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o Senhor.18 E ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei da Babilônia. Veja como o desvio vem caminhando lentamente dentro, ou no seio do Povo de Deus, que confiando numa pretensa posição de orgulho, não atenta que está sendo enlaçado, mesmo com aviso dos profetas, ao Caminho da Apostasia. Pelo contrário, no erro eles se acham especialmente 'desnessecitados' de cultuar e adorar e buscar a Deus com mais fervor por serem Povo Especial, Possessão de Jeová, eles se deixam levar, por terem a presença de Deus no Templo, relaxadamente se houveram, confiados em Jeová, mas sem realizarem a sua parte diária de culto sincero a Deus. CONCLUSÃO: Jr. 17.13. Ó Senhor, esperança de Israel, todos aqueles que te abandonarem serão envergonhados. Os que se apartam de ti serão escritos sobre a terra; porque abandonam o Senhor, a fonte das águas vivas. I Tm.4.1-11. Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada [...] ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade;[...]Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, nutrido pelas palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido; mas rejeita as fábulas profanas e de velhas. Exercita-te a ti mesmo na piedade.[...]mas a piedade para tudo é proveitosa, visto que tem a promessa da vida presente e da que há de vir. Fonte: fonte: http://estudandopalavra.blogspot.com/ This posting includes an audio/video/photo media file: Download Now |
A educação dos filhos na pós-modernidade Posted: 09 Apr 2010 09:55 AM PDT Princípios bíblicos para ensinar a criança no caminho em que deve andar por Valmir Nascimento Milomem Santos A Bíblia é muito clara sobre a origem e o propósito da família. Embora os evolucionista digam que ela seja "o resultado da aglomeração de indivíduos somente para se protegerem contra predadores"(1), as Sagradas Escrituras evidenciam que ela é um belo projeto divino. Conforme escreve Esdras Costa Bentho, "Deus é quem decidiu criar a família. Esta foi formulada para ser um centro de comunhão e cooperação entre os cônjuges. Um núcleo por meio do qual as bênçãos fluiriam e se espalhariam sobre a terra (Gn. 1.28). Não era parte do projeto célico que o homem vivesse só, sem ninguém ao seu lado para compartilhar tudo o que era e tudo que recebeu da parte de Deus".(2) Por esse motivo, oportuna é a definição dada pelo Pr. Silvio Limeira de que a "família é a célula mater da sociedade"; a célula básica de toda civilização; o núcleo afetivo central de onde provém toda estrutura dos demais relacionamentos sociais. Ela é, sobretudo, uma entidade sagrada. Aliás, a única instituição que é ao mesmo tempo secular e sagrada (3). Uma família não cristã ou ateísta não é "menos família" do que um lar cristão. Contudo, é claro, o lar cristão é distinto do lar dos não-crentes: "A maldição do Senhor habita na casa do perverso, porém, a morada do justo ele abençoa" (Pv. 3.33). "O lar cristão é a expressão mais básica do corpo de Cristo e, portanto, é uma instituição civil, arraigada na criação, e uma instituição sagrada, arraigada na redenção" Michael Horton. Em sendo, portanto, a família a célula mater da sociedade, é imperioso admitir que quando ela vai mal, toda sociedade também irá. E, infelizmente, essa é a realidade nua e crua que a humanidade tem experimentado nessas últimas décadas: o declínio da família. Numerosos fatos comprovam essa prognóstico sombrio. Quase não há necessidade de citar estatísticas. Nesses últimos quarenta anos, desfilam continuamente diante de nós os sinais do colapso da família: divórcio, revolução sexual, aborto, esterilização, delinqüência, infidelidade, homossexualidade, feminismo radical, movimento dos "direitos das crianças", ao lado da banalização dos lares de pais solteiros, do declínio da família nuclear e de outros sinais semelhantes. Assistimos ao entrelaçamento de uma intrincada corda que acabará por estrangular a família até a morte. (4) Jornais e revistas diariamente nos deixam a par de crimes bárbaros envolvendo pais e filhos. Situações em que mães abandonam recém nascidos em caixas de sapato ou leitos dos rios. Pais que enforcam filhos, e filhos que maquinam contra seu genitores (lembremos do caso Richtofen). Acontecimentos aviltantes que deixam o público desconcertado. Descalabros que demonstram que verdadeiramente as famílias estão em conflitos internos. Mas não se tratam de briguinhas envolvendo discussões, debates e choros. Mais do que isso, são verdadeiras guerras travadas entre quatro paredes capazes de acabar com a vida e sonho de muitas pessoas. Batalhas evidenciadas dentro de lares que deixam marcas de terror na vida dos envolvidos. Nas palavras de Cristo os conflitos familiares seriam um dos sinais da sua vinda: "Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão"( Mc 13:12). À toda evidência, os valores propagados nesse inicio de século XXI romperam com tudo o que dantes havia sido registrado pelas linhas históricas da humanidade. A propagação distorcida da liberdade e a implantação cada vez mais acelerada da individualidade e autonomia dos indivíduos provocou no ambiente familiar um egocentrismo sem precedentes, resultando, portanto, no distanciamento afetivo entre os familiares. Teoricamente, o período em que vivemos é chamado de pós-moderno, cujas características são:
Voddie Baucham Jr. escreve que "não há nenhuma dúvida de que a cultura contemporânea está em crise precipitando-se rumo à destruição. Questões que antes eram consideradas assuntos definidos agora vêm à tona. Há cem anos, seria dificil prever um debate genuíno sobre a natureza e a definição do casamento, a moralidade de matar-se uma criança em meio a um processo de parto, ou se um homem é "religioso de mais" para desempenhar uma cargo no serviço público. No entanto, estas questões não somente estão sendo debatidas, mas também praticadas. O casamento entre homossexuais está tendo lugar, o aborto é um procedimento comum, e o candidatos na política regularmente sujeitam as suas convicções religiosas ao comando daqueles que os manipulam" (5). Assim, dentro desse cenário, a educação dos filhos segundo preceitos bíblicos apresenta-se não somente como uma necessidade, mas também com um enorme desafio aos pais; principalmente se consideramos que várias teorias apresentam-se hoje sobre como melhor educar nossos filhos. Vejamos. A EDUCAÇÃO DOS FILHOS NO TEMPO PRESENTE Nos últimos tempos várias vozes tem se apresentado a fim de ensinar os pais sobre como educar seu filhos. Após o mercado editorial perceber que o tema deveria ser explorado em razão da demanda composta por pais apavorados em busca de receitas infalíveis para educação infantil familiar, uma boa quantidade de livros escritos por supostos especialistas no assunto foram lançados. Para se ter uma idéia, já em 1997 matéria da Revista Veja revelava que os escritores da auto-ajuda haviam direcionado seus escritos para a área da educação infantil. "Depois de querer ensinar a vocês como ganhar dinheiro, fazer amigos, ficar magro, segurar o casamento, os escritores do gênero resolveram dar lições sobre como educar a criançada" (6), é o que dizia o início da matéria. A reportagem enfatizava ainda que tais obras vendem feito "pão quente porque, em geral, são escritas de olho num alvo fácil: a insegurança dos pais, que já não sabem mais o que fazer pelos filhos". Afinal, eles trabalham fora, ficam pouco tempo em casa, carregam consigo um tremendo sentimento de culpa. Alguns tentam compensar a ausência entupindo os filhos de atividades, como natação, judô e aula de inglês. Outros buscam apoio na terapia, que custa dois ou três livros de auto-ajuda por semana e tem resultados demorados. Uma terceira leva cai na auto-ajuda. De fato, depois de meados da década passada obras literárias direcionadas para a educação dos filhos tem crescido assustadoramente. Algumas, voltadas para a auto-ajuda, outras para técnicas psicológicas ou psico-pediátricas; sempre em tom pragmático, com dicas, receitas e planos sobre como a criança deve crescer e ter independência financeira, autonomia, segurança e sucesso na vida futura. Nesse contexto, pais inseguros recorrem a esse tipo de expediente a fim de tentarem auxiliá-los na criação da prole. Muitos, inclusive, cristãos, que, em momento de desespero partem em busca de dicas ideais para a condução familiar. Obviamente que alguns desses livros tem muito a contribuir com os pais, porém, na grande maioria não passam de trabalhos improdutivos que nada têm a oferecer, cujos ensinamentos se resumem a receitas mal formuladas. Não há duvidas de que a busca sobre como instruir as crianças seja legítima, afinal a primeira lição que os pais aprendem assim que as crianças nascem, é que filhos não vêm como manual. Mas, de qualquer forma, todos nós temos à disposição o Manual da Vida; aquele que é capaz de instruir o homem em todos os aspectos da sua vivência, da vida à morte: a Bíblia. isso porque "Toda escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído em toda boa obra". (II Tm. 3.16). A única forma de salvar e resgatar as famílias que hoje estão em franca degeneralização é voltando às raízes da Palavra de Deus. A transformação do lar, e o relacionamento sadio entre pais e filhos somente é possível a partir da renovação proporcionada pela verdade da Escrituras. PRINCÍPIOS BÍBLICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL FAMILIAR Obviamente que não consta na Bíblia, apesar da sua completude, todas as indicações pormenorizadas dos cuidados que os pais precisam ter com os filhos, com apontamentos específicos e detalhados que vão da infância até o período adulto; entretanto, ela apresenta princípios gerais que devem nortear a vida em família e a conduta dos pais perante seus filhos. Princípios são fundamentos que dão direcionamento às nossas vidas. São diretrizes nucleares capazes de indicar o caminho pelo qual devemos percorrer. Dicas são passageiras, mas princípios são imutáveis. "O que precisamos é retornar aos princípios bíblicos para a educação de nossos filhos. Os pais não precisam de novos programas embalados em papel de presente de psicologia; eles precisam aplicar e obedecer a alguns poucos princípios que estão claramente expostos na Palavra de Deus para os pais" John MacArthur Vejamos então alguns desses princípios, os quais julgamos fundamentais, sem prejuízo de outros que constam na Bíblia, que em virtude da falta de tempo não serão analisados aqui. PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE Um dos terríveis males que assola a família hodierna é a tentativa dos pais em "terceirizar" a educação dos filhos, passando para outros a responsabilidade que compete somente a eles. Percebemos claramente a transferência da educação para o governo, escolas, creches, babás, avós, filhos maiores e até mesmo para a igreja. Alguns, pior ainda, jogam a responsabilidade para a "babá eletrônica". "Ensina a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele". (Pv.22.6) A busca moderna de repassar a responsabilidade para terceiros assemelha-se muito ao fato ocorrido no Éden após o episódio do pecado. Quando confrontado por Deus sobre sua desobediência Adão colocou a culpa na mulher. Eva rapidamente apontou o dedo para a serpente. Da mesma forma, no que se refere à educação dos filhos, temos hoje o pai que acusa a mãe. A mãe que acusa a escola. E a escola que culpa a igreja. É um notório jogo de empurra. Sobre os estabelecimentos de ensino, o que percebemos é que hoje as crianças vão para a escola cada vez mais cedo, com 2 anos de idade em média. Algumas, pasmem, em menor idade ainda. Essa atitude é no mínimo irresponsável, já que queima etapas no que diz respeito à socialização da criança, colocando-a muito cedo em contato irrestrito com o ambiente externo, afinal, como explica Içami Tiba (7), os estudiosos do desenvolvimento infantil dividiram a socialização em três etapas:
Com isso, o contato social acontece precocemente. Ainda sem completar a educação familiar, a criança já está na escola. O ambiente social invade o familiar não só pela escola mas também pela televisão, internet etc. Como adverte Içami Tiba: "Esses pais cobram da escola o mau comportamento em casa: "O que vocês estão fazendo com o meu filho que ele me r espondeu mal?" Ou: "A escola não o ensinou a respeitar seus pais" Até parece que quem educa é a escola e cabe ao pai e à mãe uma posição recreativa"(8). O escritor diz ainda que "para a escola, os alunos são apenas transeuntes psicopedagógicos. Passam por um período pedagógico e, com certeza, um dia vão embora. Mas a família não se escolhe e não há como mudar de sangue. As escolas mudam, mas os pais são eternos" (9). É claro que cada um desses entes mencionados (escolas, creches, babás, avós e igreja) possui sua parcela de responsabilidade. Não há dúvidas disso. Porém, não passam de terceiros auxiliares, já que a responsabilidade primordial de instruir a criança no caminho em que deve andar é dos pais. Compete a eles, somente a eles, a formação moral dos seus filhos. São os genitores, e não outros, aqueles que possuem a competência do ensino das sagradas escrituras a fim de amoldarem suas personalidades em conformidade com a disciplina e admoestação do Senhor. Esse é o princípio da responsabilidade. Como adverte John MacArthur, "… o próprio Deus deu aos pais a responsabilidade de educar os filhos – não aos professores, nem aos colegas, nem às babás, nem a ninguém que não pertença à família; portanto, é errado que os pais tentem livrar-se da sua responsabilidade ou transferir a culpa quando as coisas vão mal" (10). MacArthur diz ainda que "os pais cristãos de nosso tempo precisam desesperadamente aceitar esse princípio simples. Ante o trono de Deus, nós seremos responsabilizados se tivermos deixado os nossos filhos sob outras influências que moldaram o seu caráter em caminhos ateus. Deus colocou em nossas mãos a responsabilidade de educar os nossos filhos na disciplina e na admoestação do Senhor, e nós prestaremos contas a ele pelo nosso cuidado para com esse maravilhoso presente. Se outros têm mais influência sobre nossos filhos do que nós, somos culpáveis e inescusáveis por isso" (11). Pais, vocês têm tentando transferir a responsabilidade de vocês? PRINCÍPIO DA AUTORIDADE O esvaziamento do poder das autoridades devidamente constituídas é uma das claras características desses tempos pós-moderno. O que se vê são professores reféns de alunos; pastores com medo das ovelhas e pais subordinados aos seus próprios filhos. Crise de autoridade, esse é o nome. Até mesmo a Bíblia, que em dias passados exercia supremacia e influencia perante a sociedade, hoje já não é aceita como autoridade – senão religiosa, e olha lá. Ainda, o próprio Estado tem tido a sua interferência na vida dos cidadãos restringida, imperando-se o pensamento de que cada pessoa é responsável pelo sua própria vida, sem que ninguém precise dizer o que ela pode ou não fazer, sempre a pretexto da liberdade. "VÓS, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra". (Ef. 6.1-3) De toda sorte, o apóstolo Paulo já havia "pintado" o cenário atual, denominado-o de tempos trabalhosos, afirmando que nos últimos dias haveriam homens desobedientes a pais e mães (2Tm. 3.2). É claro que a desobediência existe desde a primeira família; mas o que o apóstolo dos gentios pretendia dizer com isso, inspirado pelo Espírito Santo, é que a desobediência contra pais e mães seria uma característica predominante desse período, onde a rebeldia, o desrespeito e a insubordinação generalizada contra os pais seriam condutas normais dentro do cotidiano social. É o que constatamos. Segundo a Bíblia, o pai é a legitima autoridade do lar. Ele é o cabeça da família. Aquele que detém a autoridade. Esse princípio deve ser entendido, praticado e defendido. Não se concebe que filhos se rebelem contra seu genitores, e isso seja considerado como uma prática normal. Por outro lado, não se confunde autoridade com autoritarismo. Autoridade é legitima, o autoritarismo não. Este é o exercício ditatorial do poder dentro de casa, fazendo com que os filhos cresçam não com respeito, mas com medo de seus pais, pois tudo quanto fazem ou dizem são rapidamente censurados, corrigidos e castigados. A truculência, a tirania, e a imposição não fazem parte da verdadeira autoridade, afinal ao invés de contribuir para o crescimento e o fortalecimento da família, promove o distanciamento dos seus entes, os quais partem em busca do seu próprio espaço. PRINCÍPIO DO ESTABELECIMENTO DOS LIMITES Atender as necessidades dos filhos é obrigação dos pais. Porém, faz-se preciso distinguir entre o que é necessidade do que é apenas consumismo caprichoso. Assim, estabelecer limites para os filhos é necessário e saudável. Como escreveu alguém: "Nunca se ouviu falar que crianças tenham adoecido porque lhes foi negado um brinquedo novo ou outra coisa qualquer. Mas já se teve notícias de pequenos delinqüentes que se tornaram agressivos quando ouviram o primeiro não, fora de casa. Por essa razão, se você ama seu filho, vale a pena pensar na importância de aprender a difícil arte de dizer não. Vale a pena pensar na importância de educar e preparar os filhos para enfrentar tempos difíceis, mesmo que eles nunca cheguem.(12) "Não remova os antigos limites que teus pais fizeram" (PV. 22.28). PRINCÍPIO DA INFLUÊNCIA Pela maneira como a família moderna caminha a impressão que temos é que os pais estão em desvantagem no que se refere à influência sobre seus filhos. Aparentemente, eles são mais influenciados pelos amigos e pela mídia (internet, cinema, televisão, astros etc), do que por seus próprios pais. E o problema é que grande parte dessa influência é negativa. A batalha parecer ter sido perdida. Mas, a Bíblia estabelece que a maior influência deveria partir dos pais. Eles são (ou deveriam ser) os mentores afetivos e morais dos filhos, de forma a incutir neles, por meio de testemunho pessoal e ensino constante, a vivência segundo os padrões bíblicos (Pv. 1.8). "Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te" (Dt. 6.6,7) PRINCÍPIO DA FORMAÇÃO ESPIRITUAL Os pais cristãos são responsáveis por fazer de seus filhos verdadeiros discípulos de Cristo. Instruí-los desde cedo sobre a leitura da Bíblia, oração, adoração e a participarem dos trabalhos da igreja, a fim de desenvolverem uma espiritualidade sadia e fortalecida, onde possam dizer: "Eu e minha servimos ao Senhor" ((Js. 24.15b).
Notas 1) Revista Veja, número 2091, 17 de dezembro de 2008 2) BENTHO, Esdras Costa: A família no Antigo Testamento – História e sociologia. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 24. 3) HORTON, Michael Scott: O cristão e a cultura. [tradução Elizabeth Stowell Charles Gomes]. 2 ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2006, p. 36. 4) MACARTHUR JR., John: Como educar seus filhos segundo a Bíblia. 2 ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2007, p. 15 5) BAUCHAM JR, Voddie. In A Supremacia de Cristo em um mundo pós-moderno. Rio de Janeiro: CPAD, p. 53 6) Disponível em http://veja.abril.com.br/081097/p_084.html 7) TIBA, Içami. Quem ama, educa!. São Paulo: Editora Gente, 2002, p. 180. Ibid 9) Ibid, p. 181 10) MACARTHUR JR., John, obra citada, p. 27. 11) Ibid, p. 29.
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Os perigos do desvio espiritual – 4 Posted: 09 Apr 2010 09:44 AM PDT TEXTO ÁUREO = "Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos" (Hb 6.9). VERDADE PRATICA = Há um grande perigo para aqueles que, uma vez conhecendo a verdade de Deus, dela se afastam, negando sua eficácia e poder. Leitura Bíblia = HEBREUS 5.11-14; = 6.1,2,4- 6, 10,13,16-20 INTRODUÇÃO DEUS ACUSA SEU POVO INFIEL = 2.1 A história de Israel era uma história de apostasia. Antes, Israel seguira o Senhor com fidelidade e desfrutara sua proteção. Gerações subseqüentes voltaram- se para ídolos, esquecendo-se dos atos poderosos do Senhor e degradaram a terra que Deus tivera a bondade de lhes conceder. Até os sacerdotes, líderes civis e profetas haviam abandonado o Senhor. Ao contrário dos pagãos, que guardavam lealdade para com seus deuses indignos, Israel trocara seu Deus glorioso e suas bênçãos por ídolos inúteis. Por conseguinte, sofria humilhações nas mãos de estrangeiros. Mesmo assim, buscava alianças protetoras com essas nações. O Senhor comparou Israel em sua rebelião e idolatria a uma prostituta e a uma videira boa que se tornou brava. Sua culpa era como uma nódoa indelével diante de Deus. Em sua busca frenética de falsos deuses, o povo era como uma fêmea de camelo irrequieta que vai de um lado para o outro ou como urna jumenta vigorosa à procura de um parceiro macho. A idolatria pode acarretar apenas vergonha. Os ídolos do povo mostrar- se-iam inúteis quando chegasse a crise. Apesar da infidelidade, o povo alegava ser inocente e acusava o Senhor de tratá-lo de maneira injusta. Respondendo, o Senhor apontou para a rebeldia flagrante e para os atos vergonhosos de idolatria em toda a terra. Quando o cristão estaciona na fé e não se aprofunda no conhecimento das coisas de Deus, corre o risco de ser levado por ventos de doutrinas (Ef 4.14) e apostatar, vindo a perder-se eternamente por não se arrepender. O tema desta lição, por seu expressivo conteúdo doutrinário, merece cuidadosa análise à luz da Palavra de Deus. II – INFÂNCIA ESPIRIRTUAL 1. Negligentes para ouvir (5. 1 1). Ë próprio das crianças em geral serem negligentes para ouvir. Faz parte da sua estultícia (Pv 22.15). Aqui o escritor dirige-se aos cristãos que já deviam "ser mestres pelo tempo", ou seja, pessoas que não eram mais neófitas na fé. Aliás, os novos convertidos, vistos como crianças espirituais, normalmente são os melhores ouvintes. 2. Necessitados de leite (vv.12,13). O crente "menino" não se desenvolve por não saber ouvir a Palavra de Deus. Os leitores da Epistola aos Hebreus ainda careciam dos ensinamentos rudimentares da fé cristã: precisavam "de leite, e não de sólido alimento". Aliás, em nossos dias, observa-se muita "meninice" em diversas igrejas. Trata-se de "movimentos estranhos", embusteiros e perigosos, que não têm base na Palavra de Deus. Essa gente precisa, se quer mesmo crescer e ser adulto na fé, do leite puro da Palavra de Deus para crescimento, fortalecimento e imunização espiritual. III – OS RUDIMENTOS DA DOUTRINA 1. Arrependimento e fé (6.1). Constituem os dois pilares da doutrina da salvação. São elementos fundamentais que não podem faltar no ensinamento e formação do novo convertido. O escritor fala de "arrependimento de obras mortas". Sendo eles judeus, convertidos ao cristianismo, provavelmente ainda queriam reviver os velhos conceitos da lei, tais como a guarda do sábado, a implementação dos sacrifícios, a observância das luas novas, etc., esquecendo-se da salvação somente pela graça, mediante a fé. 2. Batismos e imposição de mãos (v.2). A doutrina dos batismos faz parte do início da fé, e não dos estágios mais avançados do desenvolvimento espiritual. Hoje, ainda há "meninos", ensinando que só se deve batizar em nome de Jesus, e não na forma trinitariana como Jesus ordenou (cf. Mt 28.19). Quanto à imposição das mãos, nos moldes do Antigo Testamento, que consistia num gesto simbólico de transmissão de bênçãos (como fez Jacó), os crentes daquela ocasião não deveriam mais preocupar-se. Agora, com Cristo, o gesto de impor as mãos, no nome de Jesus, propicia a cura divina (Mc 16.18; At 28.8). 3. Ressurreição e juízo (v.2). Todo crente em Jesus, desde o início de sua fé, em seu discipulado básico, deve saber que Cristo morreu por nossos pecados, mas ressuscitou para nossa justificação (Rm 4.25), e para um dia julgar o mundo com justiça (At 17.31). IV – O CRAVE PERIGO DA APOSTASIA 1. O que é apostasia. Do gr. apostásis, afastamento, abandono da fé. Apostatar significa abandonar a fé cristã de modo premeditado e consciente. No texto em apreço o escritor adverte quanto ao perigo da apostasia. 2. O arrependimento impossível (vv.4,5). O capítulo em estudo contém uma solene advertência contra a apostasia deliberada e insensível. Nele são apresentados cinco motivos pelos quais um apóstata empedernido não pode mais arrepender-se: a) "Já uma vez foram iluminados". Jesus é a luz do mundo (Jo 8.12); os que o aceitam de verdade, experimentam seu perfeito fulgor, e reconhecem que outrora encontravam-se nas trevas, no mundo, sem Deus e sem salvação. Agora não são mais novos convertidos. São crentes que sabem diferençar as trevas do Diabo da luz de Cristo. b) "Provaram o dom celestial". O texto não se refere a neófitos na fé, com limitada convicção do evangelho. Refere-se, sim, a crentes que tiveram uma experiência real com Cristo (ver 1 Pe 2.1-3), provando a salvação que, pela fé, é dom de Deus (Ef 2.8,9). c) "E se fizeram participantes do Espírito Santo". Aqui a advertência é severa para aqueles que foram pelo Espírito Santo imersos no corpo de Cristo. O apóstolo Paulo diz que "todos temos bebido de um Espírito" (1 Co 12.12,13). Fica claro que o escritor dirigia-se a pessoas que conheciam muito bem o significado da comunhão com o Espírito Santo. d) "E provaram a boa palavra de Deus", O escritor repete o verbo provar, referindo-se a crentes que tiveram um conhecimento mais que superficial das verdades de Deus, expressas em sua Palavra. Não apenas sentiram o "cheiro", mas "comeram" a Palavra, experimentando-a e confirmando-a como verdadeira (cf. Jo 17.17). e) "E (provaram) as virtudes do século futuro". Os leitores da carta eram crentes que além da vasta experiência espiritual, puderam, ainda no presente, experimentar as bênçãos e as virtudes do porvir. Jesus disse: "E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de Deus" (Lc 10.9); "…o Reino de Deus está entre vós" (Lc 17.21). 3. A recaída no fosso da apostasia (v.6). O escritor diz que para aqueles que possuíam as experiências descritas nos vv.4 e 5, e recaíssem, seria "impossível" (v.4a) serem "outra vez renovados para arrependimento" (v.6a). Não se trata de um crente que se afasta da igreja local por pecados relativamente comuns entre os homens. Quase sempre essas pessoas se arrependem e pedem perdão a Deus e à igreja. A impossibilidade de arrependimento referida pelo escritor, diz respeito a crentes que, mesmo providos das experiências mencionadas acima, abandonam a Cristo, negando-o e renegando-o de modo proposital e deliberado. Trata-se de uma pessoa que chegou a um estágio tão escrachado de desvio, que sua consciência encontra-se cauterizada (conforme 1 Tm 4.2), ficando insensibilizado a qualquer advertência por parte do Espírito Santo. É uma situação tão difícil que a pessoa acaba blasfemando contra o Espírito de Deus, não tendo mais condições de obter o perdão do Pai (cf. Mt 12.3 1). Este é o "pecado para a morte" de que trata o apóstolo João em sua epístola (1 Jo 5.16b). 4. Expondo Cristo ao vitupério. a) Voltam a crucificar o Filho de Deus. A morte de Cristo foi por Deus preordenada para ocorrer apenas uma vez, como de fato aconteceu. Os sacerdotes do Antigo Testamento ofereciam muitas vezes sacrifícios, inclusive por si mesmos (Hb 9.26). Mas Cristo ofereceu-se uma única vez "para tirar os pecados de muitos" (Hb 9.28). Quem o conhece, experimentou sua salvação, e mesmo assim, peca proposital e deliberadamente, volta a crucificá-lo, expondo-o ao vitupério. b) Terra maldita. Usando uma trágica metáfora, o escritor dá a entender que o coração de quem tem conhecimento de Cristo e o despreza, apostatando da fé, é como uma terra antes boa, mas tornando-se reprovada, "produz espinhos e abrolhos", e só presta para ser queimada. V – A FIDELIDADE DE DEUS 1. Deus não é injusto (v.10). O escritor considera os destinatários de sua carta como pessoas amadas, de quem espera "coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação…". Isso prova que, embora a apostasia os ameaçasse constantemente, eles não tinham caído nela; estavam sendo advertidos. Em seguida, ele diz que "Deus não é injusto" para se esquecer da obra, do trabalho e da caridade deles para com os santos, a quem serviam. 2. Deus cumpre suas promessas (v.13). Deus fez promessa a Abraão e, como não tinha alguém maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, prometendo abençoá-lo e multiplicá-lo na terra, ainda que sua esposa fosse estéril. E o patriarca alcançou a bênção, porque esperou com paciência (vv.14,15).3. impossível que Deus minta (vv. 16-20). Deus quis mostrar a "imutabilidade de seu conselho aos herdeiros da promessa", fazendo um juramento. Certamente Deus não precisa jurar, mas para que os homens não tivessem dúvida, Ele "se interpôs com juramento". O escritor enfatiza que "é impossível que Deus minta" e, por isso, devemos "reter a esperança proposta, a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu", onde está Jesus, nosso mui amado e eterno Sumo Sacerdote. VI – MORNIDÃO ESPIRITUAL JESUS ADVERTE O PASTOR 1. Ao anjo da igreja (v. 14). O Senhor Jesus não se dirigiu diretamente aos crentes laodicenses, mas ao anjo da igreja o pastor. Pois ele é o responsável pelo estado espiritual da igreja. Isto não anula, evidentemente, a responsabilidade de cada crente diante de Deus (Rm 14.12). Quanto ao pastor, além de prestar contas de si mesmo ao Senhor, o mesmo fará em relação à igreja que Jesus lhe confiou (Mt 25.21; 1 Pe 5.1-4; Hb 13.17). Ele é o apascentador (1 Pe 5.2) e o vigia do rebanho (Is 21.11), razão pela qual deve ser o exemplo para sua igreja (1 Tm4.12). 2. Jesus se apresenta à igreja(v. 14b). "Isto diz o Amém". Para a igreja morna, Jesus se apresentou como o Amem", ressaltando a fidelidade e a verdade divinas. A igreja de Laodicéia não tinha firmeza de propósitos; era vacilante e sem poder. A ela, Jesus se apresentou também como a "testemunha fiel e verdadeira". Ele é o modelo invariável e imutável para todos os crentes (lTs 1.6; Hb 4.1 5a). VII – A MORNIDÃO DE LAODICÉIA 1. "Eu sei as tuas obras" (3.1 5). Os crentes de Laodicéia viviam de modo desordenado, carnal e autoconfiante em seus recursos. Não eram contrários ao evangelho, porém não viviam de acordo com a Palavra de Deus. Eram mornos. Aos cristãos laodicenses, o Senhor Jesus iniciou sua mensagem de advertência, declarando que sabia, plenamente, as obras que eram praticadas por eles. Ele vê tudo o que se passa nas igrejas (Mc 4.22). 2. "Que nem és frio nem quente" (3.1 5b). Laodicéía tornou- se insuportável para Deus. Num realismo surpreendente, o Senhor acrescentou: "Tomara que foras frio ou quente" É compreensível que o Senhor deseje uma igreja quente; mas uma igreja fria, parece contra-senso. Isto só é explicável se este último estado for pior do que o anterior. 3. Vomitado por Deus (v.16). Como o crente morno não permite que Deus opere plenamente em sua vida, é vomitado pelo Senhor, segundo a figura usada no Apocalipse. Somente quem já se sentiu rejeitado por Deus pode avaliar como isso é terrível. Davi e Saul, em conseqüência de seus pecados, passaram por situações de abandono por parte de Deus (SI 51.8,12; 1 Sm 28.6; 16.1). VIII – CAUSAS DA MORNIDÃO 1. Apego à prosperidade material (3.17 a). A igreja de Laodicéia, localizada num próspero centro comercial, achava-se apegada à riqueza. Ao invés de serem gratos a Deus, aqueles crentes preferiam viver de modo egoísta, secular e carnal. Resultado: a riqueza material era acompanhada de miséria espiritual (1 Tm 6.10). 2. Auto-suficiência (3.1 7a). A igreja, representada pelo seu pastor, dizia: "… e de nada tenho falta". Há pessoas que, quando pobres, acham- se apegadas a Deus, à sua Palavra, à igreja. Porém, quando Deus lhes concede prosperidade material, tornam- se egoístas e ingratas. Deixam de dar prioridade à vida espiritual para se envolverem com as coisas materiais, esquecendo-se completamente de Deus e de sua casa. 3. A realidade espiritual de Laodicéia (3.17b). Enquanto os crentes de Laodicéia diziam-se ricos, Jesus chamava-os de pobres: "e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu". Os olhos de Deus (Ap 2.18) vêem não apenas o exterior, mas o coração de cada um. A igreja havia perdido as riquezas da glória (Ef 1.1 8) e da graça (Ef 2.7). IX – A MISERICÓRDIA DE DEUS PARA COM LAODICÉIA 1. Miséria espiritual. "E não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu" (3.1 7b). Cinco palavras foram suficientes para o Senhor Jesus resumir a situação de extrema penúria espiritual de Laodicéia. Eles julgavam-se ricos. Mas, diante do Senhor, eram miseráveis, pobres e cegos. Nada possuíam. Entretanto, Deus, em sua misericórdia, apontou o caminho para que a igreja saísse da miséria espiritual. 2. Solução para a miséria espiritual. "Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças" (3.18 a). Na tipologia bíblica, o ouro é símbolo da glória de Deus. No Tabernáculo e no Templo, alguns utensílios eram de madeira, mas revestidos de ouro. É o que Deus requer de nós, obreiros e crentes em geral. Que sejamos revestidos de Deus (Rm 13.14), protegidos com a armadura espiritual (Ef 6.11), plenos do fruto do Espírito Santo (CI 3.1 2), da caridade (Cl 3.14). Isso é ser rico para com o Senhor, ainda que, na vida material, experimentemos a carência de recursos. 3. Vestes espirituais de santidade e pureza. "E vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez" (3.18b). Isto significa purificação das vestes espirituais manchadas pela iniqüidade (Zc 3.1-4; Ap 22.14). O pecado não somente nos mancha as vestes espirituais, como também nos deixa nus diante de Deus. Haja vista o ocorri- do com Adão e Eva após haverem desobedecido a voz divina (Gn 3.7- 11). Disto concluímos que, tanto espiritual quanto fisicamente, devem os filhos de Deus andar de maneira ordeira e decente conforme recomenda a Palavra de Deus (1 Tm 2.9). 4. Exortação ao arrependimento. "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zelo- soe arrepende-te" (3.1 9). O amor de Deus estendeu-se sobre a igreja de Laodícéia, alertando-a quanto ao castigo prestes a abater-se sobre ela caso não se arrependesse: "sê, pois, zeloso e arrepende-te". 5. Jesus do lado de fora! "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo" (3.20). Jesus estava do lado de fora. Mas, misericordioso como é, continuava a bater até que alguém lhe ouvisse a voz (Ap 3.20). Ele quer restaurar-nos com um grande avivamento. Aleluia! Abramos-lhe, pois, a porta e o convidemos a entrar sem mais tardança. 6. Promessa gloriosa! "Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Ap 3.21,22). De todas as promessas de vitória, dadas às igrejas da Ásia, talvez a que Jesus fez a Laodicéia tenha sido a mais gloriosa. E esta promessa diz respeito a nós também. X – O DISCERNIMENTO ESPIRITUAL DO CRENTE DEFININO OS TERMOS 1. Sinais e prodígios (v. 1). A palavra hebraica 'óth, traduzida no texto, por "sinal" é termo genérico que significa: "marca, insígnia, indício, milagre, sinal miraculoso". Quando o sentido é de sinais miraculosos, 'ôth vem acompanhado do termo hebraico môphéth, "maravilha, milagre, sinal, feito" (Ëx 7.3; Dt 4.34; 6.22). O Novo Testamento usa o termo grego smeion para descrever os milagres operados por Jesus (At 2.22). À luz do texto sagrado, é perfeitamente possível alguém manifestar tais sinais e maravilhas sem ser enviado por Deus. 2. Espírito de adivinhação (v. 16). A palavra grega usada para "adivinhação" é python, nome de um dragão que, segundo a mitologia clássica, era guardião do templo de Apolo e do oráculo de Delfos. Acreditava- se que Apolo se encarnava nessa serpente para inspirar as pitonisas. Os gregos chamavam de python, portanto, ao adivinho que previa o futuro. Adivinhação consiste na revelação de segredos do passado, do presente e do futuro. Essa prática associa-se à feitiçaria, cujo intento é usar poderes do mundo espiritual para influenciar as pessoas ou até eventos. 3. Discernimento. A palavra grega para "discernimento" é diakrisis. O termo aparece três vezes com o sentido de contenda (Rm 14.1). Discernimento, pois, é a capacidade de escolher entre o bem e o mal em virtude do crescimento espiritual (Hb 5.14). a capacidade sobrenatural para se distinguir a fonte da manifestação espiritual, se é de fato do Espírito Santo, de um espírito demoníaco ou meramente humano (1 Co 12.10). XI – AS ARMAS ESPIRITUAIS 1. O dom do Espírito Santo. O dom de discernir OS espíritos aparece logo após o dom de profecia (1 Co 12.10). Por essa razão, muitos vêem no referido dom o recurso para se "julgar" as profecias (1 Co 14.29). Entretanto, o contexto neotestamentario anunciadores mostra que o dom não se limita a essa função; é também útil para a origem das várias maníaca manifestações de profecias, línguas, visões e curas. O discernimento de espírito manifesta-se em situações em que não é possível, pelos recursos humanos, identificar a origem da atuação sobrenatural, 2. O discernimento apostólico (v. 18). Há duas maneiras para se discernir a fonte da mensagem ou dos milagres: pelo conteúdo doutrinário (Hb 5.14; 1 Jo 4.1) ou pela revelação do Espírito Santo (At 5.1-5). O apóstolo Pedro não teria como saber o propósito de Ananias e Safira sem a intervenção do Espírito de Deus. Em Filipos, diz o texto sagrado que a jovem com poderes de adivinhação "isto fez por muitos (v. 18): "Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo" (v. 17). Isso parece mostrar que o discernimento foi tanto pelo conteúdo doutrinário como também pela revelação do Espírito Santo, XII – AS ASTÚCIAS MALIGNAS 1. Uma mensagem embaraçosa (v. 17). A jovem estava possessa, tomada pelo espírito das trevas, logo, a mensagem não vinha de si mesma, mas do espírito que a oprimia. Satanás é o pai da mentira (Jo 8.44) e o principal opositor da obra de Deus (At 13.10). Por que, então, o espírito adivinho elogiou os dois mensageiros de Deus, dizendo a todos que eles eram do caminho da salvação e servos do Deus Altíssimo? Porque era uma estratégia demoníaca identificar para confundir o povo. 2. O termo "salvação" (v. 1 7). O texto não esclarece a que salvação o espírito imundo referia-se, considerando ser um termo comum entre os pagãos. Essa técnica é usada, ainda hoje, pelas seitas. A salvação dos mórmons, por exemplo, apresenta sentido diferente daquela pregada pelo cristianismo bíblico: como libertação dos pecados (Mt 1.2 1), livramento da condenação eterna (Rm 8.1) e transformação pelo poder do Espírito Santo (Tt 3.5). 3. Qual a intenção do espírito de adivinhação? O propósito diabólico era dizer a todos que a mensagem que Paulo e Suas pregavam seria a mesma da jovem adivinhadora. Ainda hoje, Satanás usa essa estratégia para fazer o povo acreditar na falsa idéia de que todas as religiões levam a Deus. Essa mensagem é absolutamente oposta à Bíblia; Jesus é singular, o cristianismo é exclusivo; somente Jesus conduz o homem a Deus (Jo 14.6; At 4.12). XIII – DISCERNIMENTO 1. O falso e o verdadeiro (v. 2). Deus deu a Israel profetas legítimos, os quais falaram inspirados pelo Espírito Santo. Mesmo no reino dos profetas, Deus permitiu o surgimento de falsos profetas (2 Pe 1.19-21; 2.1). Como distinguir o falso do verdadeiro? O texto sagrado diz: "profeta ou sonhador … te der um sinal ou prodígio" (v. 1). Isso fala de sinais grandiosos que podem impressionar os imprudentes. O termo: "Vamos após outros deuses" (v. 2), trata-se de milagres estranhos. Qualquer um, portanto, mesmo com o mínimo de discernimento, tem condições de discernir a fonte desses aparentes milagres. 2. A necessidade do discernimento. Já vimos em lições anteriores a possibilidade de manifestações sobrenaturais por meio de homens não comprometidos com a verdade. Jesus disse que o Anticristo virá fazendo sinais, prodígios e maravilhas de maneira tal que, se possível fora, enganaria até os escolhidos (Mt 24.24). Os agentes de Satanás transformam-se em anjo de luz, e seus mensageiros em ministros de justiça (2 Co 11.13-15). O crente depende da ajuda do Espírito Santo para discernir a verdade, e, para isso, é necessário estar em comunhão com Ele. XIV – O PROGRESSO ESPIRITUAL DO CRENTE – COLOSSENSES 2.1-7 A DEFESA DOS CRISTÃOS 1. O "grande combate" (2.1). Paulo, amoravelmente de clara que gostaria que os irmãos colossenses soubessem "quão grande combate" ele enfrentava em favor deles. Ele era um valoroso combatente da fé. Parte desse combate consistia em confrontar as falsas doutrinas, as heresias, os falsos ensinos e as falsas filosofias que, juntamente com seus mentores, atacavam os irmãos das igrejas que fundara, ou ajudara a fundar. Essa mesma luta o apóstolo sustentou junto a outras igrejas (Fp 1.27-30; 1 Ts 2.2; 2 Tm 4.7). 2. A finalidade do combate pela fé (2.2). a) Corações consolados. O termo "consolar" neste versículo, tem no original o sentido de encorajar, animar. Certamente, os ataques das heresias, em Colossos, causavam desânimo entre os irmãos. Há nas igrejas muitos crentes com problemas e desanimados. Não só problemas espirituais, mas os referentes às lutas do dia- a-dia; aqueles que surgem no trabalho, na família, e nos relacionamentos podem em conjunto causar desânimo espiritual. Daí, porque o obreiro precisa ministrar a Palavra, na unção do Espírito Santo para consolar os crentes. E ministrar "bem", como asseverou Paulo em sua segunda epístola a Timóteo 2.15. b) "Unidos em caridade" (2.2). Os crentes de Colossos já eram "santos e irmãos fiéis em Cristo" (1.1). Mas Paulo desejava que eles experimentassem um aperfeiçoamento maior em suas qualidades como servos de Deus. Além de consolados, deveriam demonstrar uma união. Uma das armas principais de Satanás – e das mais usadas contra a igreja é a divisão e desunião entre os irmãos. Ó, que Deus nos faça "viver em amor", como diz este versículo! Como poderiam vencer as sutilezas das heresias, como poderiam resistir aos embates contra o inimigo espiritual se não fossem unidos? Não bastava estar simplesmente unidos, mas "unidos em caridade". c) "E enriquecidos da plenitude da inteligência". A inteligência a que Paulo referiu-se nesse texto, com certeza, era a "inteligência espiritual" (1.9) que lhes permitia entender o que seria "o mistério de Deus — Cristo", revelado aos gentios. As heresias gnósticas tentavam diminuir o valor transcendental de Cristo, o preeminente Senhor e Redentor de suas almas. Seria uma loucura trocar Cristo, a "imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação" (1.15) pelas idéias heréticas que identificavam Cristo como sendo apenas uma das "emanações" de Deus, semelhante a outros seres (aeons) angelicais segundo esta teoria perniciosa. XV – OS TESOUROS DA SABEDORIA E DA CIENCIA (2.3) 1. Tesouros escondidos. A esta altura, a Palavra de Deus nos amplia a visão sobre "o mistério de Deus — Cristo", revelado aos gentios e conhecido dos colossenses, que já possuíam a "inteligência espiritual". O Senhor sabia que as heresias de Colossos eram um sinistro engodo, ou isca, para atrair a fé de crentes incautos, que se guiam pelas aparências e, pelas vantagens imediatas que alguém ou alguma coisa lhes propicie. Muita gente absorvia (como hoje) aqueles ensinós heréticos, que não passavam de falso conhecimento e falsa riqueza cultural. A verdadeira riqueza espiritual é conhecer os tesouros de Deus (Rm 11.33). Só que esses tesouros do "conhecimento e da sabedoria de Deus" não estão amontoados na superfície como um depósito para quem quiser apanhar; ambos estão ocultos em Cristo ("em Quem estão"). 2. Solene advertência. "E digo isto para que ninguém vos engane com palavras persuasivas" (2.4). a) Persuasão enganosa. Hoje, a técnica ou "arte da persuasão" é muito praticada pelos adeptos das seitas. Eles são treinados para "vender" suas idéias aos homens, inclusive com técnicas de propaganda bem elaboradas, seguindo um roteiro muitas vezes sob a orientação de especialistas em "marketing". Mas Paulo mostrou aos colossenses que só em Cristo toda a sabedoria e toda a ciência de Deus podem ser encontradas. b) Presente em espírito (2.5a). "Porque, ainda que esteja ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco". Estar "presente em espírito" nem de longe quer insinuar qualquer conotação de espiritismo, telepatia, "viagem astral", ou outra qualquer idéia errônea dos movimentos heréticos. Certamente, o apóstolo queria cientificar-lhes de que estaria com eles, espiritualmente, em oração, solidário, em dedicação, em união, e em comunhão. Ver a explicação disso em Fp 2.2; 1 Co 1.10. c) Firmeza em Cristo (2.5b). Nada é mais gratificante para um servo de Deus, líder de uma igreja local, do que perceber que as ovelhas de Cristo, sob seus cuidados, estão firmes nos caminhos do Senhor. O evangelista João, provavelmente escrevendo a uma igreja por ele fundada, expressava sua alegria pela vida dos crentes assim firmados no evangelho: "Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como temos recebido o mandamento do Pai" (2 Jo v.4). XVI – ANDANDO EM CRISTO (2.6) 1. "Recebestes o Senhor Jesus". Quando a pessoa recebe Cristo como seu Salvador deve também tê-lo como seu absoluto Senhor e nunca se deixar levar por apelos heréticos. Sabemos de crentes que, apesar de estarem há mais de trinta anos na igreja, ao participarem de certos encontros religiosos de caráter persuasivo, saem destes completamente fora de si: "passei tantos anos na igreja em que aceitei a Cristo, mas agora é que sei o que é ser crente!" Sem dúvida alguma, tais pessoas jamais tiveram uma experiência real com Jesus em suas vidas. Pessoas com esse comportamento são facilmente levadas pelas "palavras persuasivas" dos adeptos das seitas, como adverte o v.8. 2. "Andai nele". Essa figura do "andar" em Cristo bem demonstra o sentido do viver diário do crente, segundo o padrão que é Cristo. Ele é a vereda para o nosso caminhar. Todos os dias, todos nós caminhamos de um lugar para outro, mesmo que em pequenos percursos. Aplicando a figura ao lado espiritual, Paulo exortou os colossenses a não só terem Cristo como seu Senhor, mas também a andarem nEle. Andar em Cristo significa, de modo geral, viver em obediência aos seus preceitos, ordenanças e mandamentos. 3. "Arraigados, edificados, e confirmados na fé" (2.7). Antes da salvação, o pecador tem suas raízes no mundo do pecado, na vida carnal, sob influência do Maligno. São raízes más, de ignorância e trevas espirituais. Os colossenses foram exortados a ser "arraigados", ou seja, a ter raízes na fé em Cristo. Se andar em Cristo é viver diariamente em obediência ao Senhor, estar "edificado" nEle significa ter a firmeza e a convicção oriunda da fé, cumprindo a doutrina emanada da sua Palavra (Pv 4.2; Ef 4.14). A fé salvífica, alcançada pela graça, e por meio da fé pessoal, "é dom de Deus" (Ef 2.8), mas, para ser confirmada, precisa do testemunho através das obras do salvo, preparadas por Deus para que andemos nelas (Ef 2.10; Tg 2.26). 4. "Assim como fostes ensinados" (2.7). Paulo queria dizer aos crentes que estariam "andando" em Cristo, "arraigados e edificados na fé", que permanecessem "assim", ou seja, da forma pela qual foram ensinados. Todo crente bem doutrinado segundo as Escrituras não precisa de ensinos outros, estranhos, inovações descabidas, nem para a vida pessoal. Quem anda atrás dessas "novidades" é porque atrasou-se espiritualmente e não voltou a crescer segundo Deus. De fato, somente o ensino da Palavra de Deus em sua ortodoxia, pode livrar uma igreja local, e os que nela congregam, das falsas doutrinas das seitas e das heresias. A Palavra de Deus é poder e tem poder para combater o mal. Ela é a "espada do Espírito" (Ef 6.17). Os irmãos de Colossos são exortados a obedecerem a doutrina, e a desenvolverem a prática da ação de graças a Deus por sua vida, edificada e arraigada na fé em Cristo Jesus (2.7). XVII – AVIVAMENTO ESPIRITUAL TODOS DEVEMOS BUSCAR A CHAMA DO AVIVAMENTO DA IGREJA TESSALÔNICA (1 Ts 1: 1-3 1. A chama do zelo e do fervor espiritual (v. 1). O apóstolo Paulo identifica os destinatários da epístola como "a igreja dos tessalonicenses". Ele difere no endereçamento quando diz "dos tessalonicenses", e não "aos" tessalonicenses, indicando que aquela igreja tinha identidade própria. Ou seja, desde o seu nascimento, o zelo e o fervor espiritual daqueles cristãos era uma marca que os caracterizava. 2. A chama da fé ativa (v.3). Aqui vemos que a igreja creu e desenvolveu uma fé dinâmica e crescente: "a vossa fé cresce muitíssimo" (2 ts 1.3). Nesse texto, estão três grandes virtudes do cristianismo: fé, amor e esperança. A expressão "obra da vossa fé" (v.3) não se contrapõe à justificação pela fé. Essa "obra" não é um ato de justiça que justifica o homem diante de Deus (Is 64.6; Ef 2.8,9). Na verdade, a "obra da fé" se refere ao desempenho espiritual do cristão, pela fé, depois de salvo. 3. A chama do amor em ação. "Trabalho do vosso amor" (v.3). Não se trata de amor filantrópico, mas do amor gerado pelo Espírito Santo, como "fruto do Espírito" (Cl 5.22). Não é apenas de "um ato de amor", mas do trabalho contínuo a favor do evangelho de Cristo. 4. A chama da esperança. A frase "paciência da esperança" (v.3) tem a ver literalmente com: "resistência, constância ou perseverança da esperança". Só tem essa esperança quem sabe esperar em Deus. Aquela igreja enfrentou perseguições e adversidades, no entanto, o apóstolo a elogia pela capacidade que teve em manter acesa a chama da esperança. É nas adversidades que devemos manter a esperança, pois temos realmente o que esperar, segundo as promessas de Deus: "Fiel é o que prometeu' (Hb 10.23). XVIII – MANTENDO A CHAMA DO AVIVAMENTO ACESSA 1. A chama inicial deve permanecer acesa (1 Ts 2.1). Afirma o apóstolo: "bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi vã". Ele queria saber do resultado de todo trabalho pioneiro que ali fora realizado com muito sacrifício. Graças a Deus, o trabalho realizado não tinha sido inútil. O resultado era patente na vida daqueles irmãos. A igreja precisa manter acesa a chama do "primeiro amor". 2. A chama da pregação precisa ser reavivada (1 Ts 2.13). O evangelho tem sido pregado com abnegação e fervor? Lamentavelmente, o que mais se vê são pregadores e mestres presunçosos, vaidosos, gananciosos e trapaceiros, que apesar de na aparência não demonstrarem nada disso, revelam-se nas atitudes. Aquele espírito amoroso e sacrifical que deve permear a mente e o coração dos pregadores, parece ter desaparecido. O evangelho como Paulo pregava era eficaz. A mensagem que aqueles crentes recebiam era a própria Palavra de Deus (v. 1 3). Por isso, tornavam-se imitadores das igrejas de Deus (v.1 4). No versículo 20, Paulo fala de sua alegria pelos frutos resultantes de seu ministério para Deus, pois a igreja de Tessalônica era, de fato, a sua glória e alegria, na presença de Deus. XIX – A CHAMA DO AVIVAMENTO E A VOLTA DO SENHOR Ts 4: 13-18) 1. A chama da pureza moral (1 Ts 4.1-12). Paulo sabia que, enquanto a Igreja aqui estivesse, seus membros estariam sujeitos às tentações e pecados na sua vida cotidiana. Por isso, no texto bíblico acima mencionado, três coisas da vida do crente são tratadas pelo apóstolo: a pureza moral (vv. 1-8), o amor fraternal (vv.9,10) e o trabalho honesto (vv. 11,1 2). Quanto à pureza moral, fala da maldita realidade da prostituição em suas várias formas. Esse tipo de pecado da sociedade deve ser totalmente rejeitado por um crente que ama ao Senhor (1 Ts 4.1,2). O "amor fraternal" é o tipo de relacionamento que deve ser cultivado pelo cristão (1 Ts 4.9,10). Sobre a prática do trabalho honesto, devemos evitar atitudes que desabonem nossa conduta ou que representem engano, negligência e irresponsabilidade em nossas atividades di- árias, sejam elas quais forem (1 Ts 4.11,12). 2. Corrigindo conceitos equivocados (4.1 3). Paulo soubera que entre os cristãos de Tessalônica propagavam-se equívocos doutrinários referentes à situação dos mortos em Cristo e acerca da volta do Senhor. A liderança da igreja tem a responsabilidade de esclarecer doutrinaria- mente os enganos dos crentes, bem como seu desconhecimento das doutrinas vitais da Bíblia. Foi justamente o que Paulo fez: "Não quero que sejais ignorantes acerca dos que dormem" (v.1 3). 3. A verdade acerca do estado dos mortos (1 Ts 4.14-1 7). A Bíblia ensina que, num determinado momento da sua vinda, o Senhor voltará apenas para a sua Igreja, constituída pelos vivos e pelos mortos em Cristo. Nesta fase, Jesus virá até as nuvens, e ouvida a voz de convocação para os santos (v.16), os "mortos em Cristo" ressuscitarão primeiro, e num "abrir e fechar de olhos" (1 Co 15.51), subirão ao encontro do Senhor nos ares. Os vivos ouvirão, em seguida, a chamada do Senhor, e já transformados do seu estado material para o espiritual, subirão ao encontro do Senhor juntamente com os que foram ressuscitados (v.1 7) CONCLUSÃO 1 – Caírem no engano do Diabo. É indescritível o prejuízo de quem apostata da fé, negando a eficácia do sangue de Cristo para a salvação dos pecadores. Tais desafortunados podem chegar à situação de arrependimento impossível, e se perderem eternamente. 2 – A mornidão espiritual causa grande desgosto e pesar ao Senhor Jesus. Chequemos, pois, constantemente a temperatura do nosso coração. É preciso reacender, diariamente, a paixão espiritual por Jesus. As Escrituras afirmam que, um dia, os santos com Ele reinarão ( Mt 19.28; Ap 20.4). Então, como ficar diante de um futuro tão glorioso? Nunca se esqueça da exortação do Senhor: "O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará" (Lv 6.1 3). 3 – É dever do cristão não se levar pela manifestação de sinais sobrenaturais sem antes ter certeza de sua origem. Há quem defenda a ortodoxia cristã, mas não tem qualidade ética, não vive o que prega e nem prega o que vive. Por outro lado, há quem viva uma vida exemplar, mas cuja doutrina é heresia. Que Deus abençoe e ajude-nos! Fiquemos sempre na Palavra de Deus.Nesta lição, destacamos o fato de que todos os valores doutrinários da Bíblia continuam tão atuais quanto foram no passado. O papel da Igreja, hoje, é manter acesa a chama do avivamento espiritual para preservar os ensinos e valores bíblicos para que podemos enfrentar todo mal que nos queira nos desviar da presença de Deus. Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS Lições bíblicas CPAD 1988 Lições bíblicas CPAD 2001 Lições bíblicas CPAD 2004 Lições bíblicas CPAD 2007 Manual Bíblico Vida nova Fonte: http://rxisaias.blogspot.com/ This posting includes an audio/video/photo media file: Download Now |
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