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A expansão do Reino Davídico – III

Posted: 09 Nov 2009 03:45 AM PST


I – INTRODUÇÃO:

• – Jerusalém aparece na Bíblia e na História como a cidade escolhida pelo Senhor para ser a revelação do único e verdadeiro Deus, o centro do Seu culto, de Suas leis e Sua revelação pessoal, com a missão de proclamá-Lo a todo o mundo.

• – Leiamos Ex 25:8; Ez 37:26-28.

• – Desta forma…

• (1) – Israel é o centro do mundo;

• (2) – Jerusalém é o centro de Israel;

• (3) – o Templo é o centro de Jerusalém;

• (4) – o Santo dos Santos é o centro do Templo;

• (5) – A Arca da Aliança (aspergida com o sangue do Cordeiro), é o centro do Santuário;

• (6) – o Santuário é o Cordeiro de Deus! (Apc 21:22)

• – Isto porque, simbolicamente falando, o Santuário representa a presença de Deus no meio (centro) de Seu povo:

• (1) – Mt 18:20 ("… aí estou eu NO MEIO deles");

• (2) – Lc 24:36 ("… Jesus se apresentou NO MEIO…");

• (3) – Jo 20:19, 26 ("… chegou Jesus e pôs-se NO MEIO…" e "… apresentou-se NO MEIO…");

• (4) – Apc 1:13 ("… NO MEIO dos candeeiros…");

• (5) – Apc 2:1 ("… anda NO MEIO dos sete candeeiros…").

II – A JERUSALÉM TERRESTRE:

• – A vontade e o conselho de Deus nunca são mudados! Por isso, sob todos os aspectos, Jerusalém era, é e será o centro deste mundo. Até mesmo geograficamente o Senhor localizou Jerusalém em posição central. Veja no mapa abaixo:

"ASSIM DIZ O SENHOR JEOVÁ: ESTA É JERUSALÉM; PU-LA NO MEIO DAS NAÇÕES E TERRAS QUE ESTÃO AO REDOR DELA" – (Ez 5:5)

• – Ela é a mesma cidade conhecida por muitos nomes, tais como:

• (1) – Salém, onde reinava Melquisedeque (Gn 14:18 cf Sl 76:2);

• (2) – Sião, uma das colinas onde está edificada Jerusalém (I Rs 8:1; Sl 87:2; Zc 9:13);

• (3) – Jebus (Js 18:28; Jz 19:10);

• (4) – Ariel ou Lareira de Deus (Is 29:1);

• (5) – Cidade de Justiça (Is 1:26);

• (6) – Cidade de Deus (Sl 46:4; 48:1; 87:3);

• (7) – Cidade do Grande Rei (Sl 48:2; Mt 5:35);

• (8) – Cidade de Davi (II Sm 5:7; Is 22:9);

• (9) – Cidade Santa (Ne 11:1; Is 48:2; 52:1; Jl 3:17; Mt 4:5);

• (10) – Cidade de Judá (II Cr 25:28);

• (11) – Cidade da Verdade (Zc 8:3);

• (12) – Cidade Fiel (Is 1:21, 26);

• (13) – Cidade Inesquecível (Is 62:12);

• (14) – Monte Santo (Dn 9:16);

• (15) – Perfeição da Formosura (Lm 2:15);

• (16) – Trono do Senhor (Jr 3:17);

• (17) – Sião monte santo – e que muitas vezes tem o sentido de toda a Jerusalém – (Sl 9:11; 76:2; Is 8:18);

• (18) – Sião do Santo de Israel (Is 60:14);

• (19) – Cidade das Solenidades (Is 33:20);

• (20) – Oolibá = "Minha Tenda Está Nela" (Ez 23:4)

• – COMO TIPO DE IGREJA, TEM AINDA OS SEGUINTES TÍTULOS:

• (1) – Nova Jerusalém (Apc 21:2);

• (2) – Jerusalém que é lá de cima (Gl 4:26);

• (3) – Cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus (Hb 11:10);

• (4) – Jerusalém celestial e Cidade do Deus Vivo (Hb 12:22)

• – É uma cidade amada por todos os judeus – Sl 122:2

• – Mesmo estando no Cativeiro, em Babilônia, os judeus não esqueciam Jerusalém – Sl 137:5-6.

• – É uma cidade odiada pelos seus inimigos – Salmo 137:7.

• – HAVIA DOZE PORTAS NO MURO DE JERUSALÉM. Vejamos:

• (1) – Porta Superior de Benjamim (Jr 20:2; 37:13);

• (2) – Porta do Peixe (II Cr 33:14; Ne 3:3; 12:39);

• (3) – Porta das Ovelhas (Ne 3:1; 12:39; Jo 5:2);

• (4) – Porta da Guarda ou da Prisão (Ne 3:31; 12:39);

• (5) – Porta de Efraim (II Rs 14:13; Ne 12:39);

• (6) – Porta do Vale (II Cr 26:29; Ne 2:13);

• (7) – Porta das Águas (Ne 3:26; 8:3);

• (8) – Porta dos Cavalos (II Cr 23:13; 3:28);

• (9) – Porta Velha (Ne 3:6; 12:39);

• (10) – Porta da Esquina (II Rs 14:13; II Cr 26:9);

• (11) – Porta do Monturo (Ne 3:13-14; 12:31);

• (12) – Porta da Fonte (Ne 3:15).

• – Não esqueçamos: A JERUSALÉM CELESTE TAMBÉM TEM UM GRANDE E ALTO MURO COM DOZE PORTAS – Apc 21:12.

• – Durante o reinado de Davi, Jerusalém tornou-se o centro de adoração a Deus para toda nação israelita. Isto foi possível devido à sábia decisão daquele rei, que ordenou aos sacerdotes e levitas transportarem a Arca de Deus para Jerusalém, abrigando-a em um Tabernáculo. Desta forma, podemos identificar o legado de Davi para a história bíblica e para a Igreja (I Cr 15:17-27; II Cr 10; 11:1-17).

• – Enfim, totalmente destruída no ano 70 da nossa era, quando capturada pelas forças romanas comandadas pelo general Tito, Jerusalém voltará a ser a cidade central em Israel e no mundo, no reino milenar de Cristo.

III – O CRESCIMENTO E A EXPANSÃO DA IGREJA DE JERUSALÉM:

• – Da cidade onde Jesus terminou o Seu ministério saiu o Evangelho para transformar a terra, mudando o rumo da História do Mundo. Leiamos At 2:42-27; 4:32-35:

• – Há informações históricas de que a população de Jerusalém naquela época era de 200 mil pessoas, DAS QUAIS A METADE CONSTITUÍA-SE DE CRISTÃOS. Como explicar esse avanço?

• – Resposta: A IGREJA DE JERUSALÉM ERA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO! Analisemos:

• (1) – HAVIA ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS (At 2:42) – Esta Igreja não se orientava pelas "novas revelações". Era, sim, submissa à doutrina dos apóstolos.

• (2) – HAVIA COMUNHÃO (At 2:42) – A palavra grega é KOINONIA, cujo significado é duplo:

• (A) – Compartilhar nossos recursos materiais e nossas potencialidades inatas, inclusive trocando serviços na comunidade; e

• (B) – Princípio de caridade ao pobre, tendo como base At 2:45 e 11:29, ou seja, DAR NA MEDIDA DA POSSE; NA MEDIDA QUE ALGUÉM TENHA NECESSIDADE. Se pretendemos ser uma Igreja como a de Jerusalém, não podemos estar alheios às necessidades dos irmãos e às do nosso próximo

• (3) – HAVIA ADORAÇÃO (At 2:42) – "…no partir do pão e nas orações" – No culto a Deus deve haver lugar para os hinos, as manifestações de louvor e a liturgia ( = SERVIÇO DIVINO – Significa, primariamente, o serviço que prestamos a Deus. Com a evolução dos séculos, passou a designar a linguagem, os gestos e cânticos usados no culto cristão).

• (4) – HAVIA EVANGELISMO (At 2:47) – A evangelização da Igreja de Jerusalém tinha cinco dimensões:

• (A) – A DIMENSÃO DA SOBERANIA DE DEUS – "…acrescentava-lhes o Senhor"

• (B) – A DIMENSÃO DA COERÊNCIA E AUTORIDADE – Eles aglutinavam serviço social e evangelismo. Era uma Igreja que evangelizava todo o homem e cuidava do "homem todo".

• (C) – A DIMENSÃO DA NATURALIDADE – "… dia a dia" eles evangelizavam. Não precisavam de grandes eventos ou apresentações especiais; estavam sempre disponíveis e a Igreja crescia naturalmente aonde iam.

• (D) – A DIMENSÃO DO LOUVOR – "… louvando a Deus" – Esta deve ser a maneira do cristão viver. O mundo não se deixará convencer pela razoabilidade da nossa doutrina, mas por um estilo de vida.

• (E) – A DIMENSÃO DA SIMPATIA – Às vezes, pensamos que se orarmos, jejuarmos, formos sinceros e piedosos, teremos sucesso automaticamente quando evangelizarmos. Mas precisamos ter a estratégia, também. A Igreja de Jerusalém usava o método certo: A SIMPATIA.

• (5) – O CRESCIMENTO SE DEU PELA MULTIPLICAÇÃO (At 6:7) – Na obra do crescimento, não podem existir as operações de diminuir ou dividir.

• (6) – O CRESCIMENTO SE DEU PELA EVANGELIZAÇÃO DOS LARES (At 5:42) – Aqui está o ponto de maior importância relacionado com a expansão da Igreja. As casas são locais ideais para o trabalho de evangelização objetivando o crescimento da Igreja.

• (7) – O CRESCIMENTO SE DEU PELA IMPLANTAÇÃO DE NOVAS IGREJAS (At 9:31) – Mais uma vez vemos o verbo "MULTIPLICAR" que vem ressaltar a descentralização do trabalho. Onde quer que os novos crentes chegassem, uma nova Igreja era implantada.

• – Em suma: A evangelização, no poder do Espírito Santo, propiciou o crescimento e a expansão da Igreja em proporções geométricas. Analisemos:

• (1) – (At 1:13 – doze apóstolos);

• (2) – (At 1:15 – quase 120 pessoas);

• (3) – (At 2:41 – quase 3000 pessoas);

• (4) – (At 2:47 – Todos os dias almas eram salvas);

• (5) – (At 4:4 – quase 5000 almas);

• (6) – (At 5:14 – multidão crescia cada vez mais);

• (7) – (At 5:28 – Jerusalém foi evangelizada);

• (8) – (At 6:1 – crescia o número de discípulos);

• (9) – (At 6:7 – multiplicava-se o número de discípulos);

• (10) – (At 8:4 – os que fugiram de Jerusalém, pregaram em toda Samaria);

• (11) – (At 9:31 – Igrejas se multiplicavam em toda Judéia, Galiléia e Samaria);

• (12) – (At 9:35 – Todos os habitantes de Lida e Sarona se converteram ao Senhor);

• (13) – (At 9:42 – Por toda Jope muitos creram no Senhor);

• (14) – (At 11:19 – Evangelização dos judeus na Fenícia, Chipre e Antioquia);

• (15) – (At 11:20-21 – Grande número de salvos em Antioquia);

• (16) – (At 11:24 – Muita gente salva em Antioquia);

• (17) – (At 12:24 – A palavra de Deus crescia e se multiplicava);

• (18) – (At 14:1 – Uma grande multidão foi salva em Icônio);

• (19) – (At 16:5 – As Igrejas cresciam em número);

• (20) – (At 17:4 – Grande multidão creu em Tessalônica);

• (21) – (At 17:12 – Muitos salvos em Beréia);

• (22) – (At 18:10 – Muita gente salva em Corinto);

• (23) – (At 19:10 – Todos os habitantes da Ásia ouviram a Palavra);

• (24) – (At 21:20 – Milhares de judeus creram)

IV- CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• (1) – Os três relacionamentos de uma Igreja cheia do Espírito Santo são: COM DEUS, COM O PRÓXIMO e COM O MUNDO.

• (2) – A Igreja cheia do Espírito Santo ESTUDA A PALAVRA, ADORA A DEUS, EVANGELIZA e PRATICA O FRUTO DO ESPÍRITO.

• (3) – Assim, se uma Igreja deseja realizar a obra do crescimento e expansão de modo dinâmico e efetivo, TERÁ DE CONTAR PRIMORDIALMENTE COM O ESPÍRITO SANTO E A METODOLOGIA CERTA PARA CANALIZAR SUAS AÇÕES EVANGELÍSTICAS.

FONTES DE CONSULTA:

1) A Bíblia Vida Nova – Edições Vida Nova

2) Esboço de A a Z – Editora Vinde – Autor : Caio Fábio

3) Lições Bíblicas – Edições CPAD – 1º Trimestre de 1993 – Comentarista: Geremias do Couto

4) Lições Bíblicas – Edições CPAD – 2º Trimestre de 1992 – Comentarista: Geziel Nunes Gomes

5) Apostila do Pr. Isaías Gomes de Oliveira "CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO"

6) Dicionário Teológico – Edições CPAD – Autor: Claudionor Corrêa de Andrade

7) Não é possível contornar Jerusalém – Chamada da Meia-noite – Wim Malgo

8) Site na Internet – Colaboração para o Portal EscolaDominical: Prof. Antonio Sebastião da Silva

9) Sombras, Tipo e Mistério da Bíblia – CPAD – Joel Leitão de Melo

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA – NITERÓI – RJ
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 07 – DIA 15/11/2009
TÍTULO: "A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO"
TEXTO ÁUREO – II Sm 5:10
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Sm 5:6-10
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br

A expansão do Reino Davídico – II

Posted: 09 Nov 2009 03:32 AM PST


Objetivo: Destacar a potencialidade e a expansão do reinado de Davi, bem como os perigos decorrentes da prosperidade material.

INTRODUÇÃO

Após ser entronizado como rei de Israel, Davi estende as fronteiras do território, resultando numa expansão expressiva. Na aula de hoje estudaremos a respeito desse crescimento, com destaque para a conquista de Jerusalém, a sede do reino. Em seguida, refletiremos a respeito do alcance desse reino bem como os perigos dele decorrente para Davi e o povo de Deus.

1. A CONQUISTA DE JERUSALÉM

A conquista de Jerusalém aconteceu provavelmente após a vitória sobre os filisteus. O domínio de Jerusalém constituiu-se num marco histórico para todo o povo hebreu. A providência divina nessa vitória é evidenciada no fato de Davi disponibilizar um exército pequeno para a batalha. Já que os jebuseus – habitantes daquela região – eram considerados imbatíveis. A descrição da cidade mostra a dificuldade para sua conquista: o norte – com uma encosta a oeste – na direção do vale do Tiropeom e o Cedorom, um muro de pedras rústicas e pesadas isolava a cidade, e de cima, os jebuseus podiam atirar pedras sobre os inimigos, o que tornava qualquer vitória sobre ela improvável. Mesmo assim Davi se apossou da fortaleza de Sião, sob as condições mais adversas. Após a conquista, os guerreiros de Davi entraram na cidade paulatinamente e subjugaram os jebuseus. Aquela cidade, situada em ponto estratégico, tornou-se a cidade de Davi. Ao decidir por aquela cidade, Davi tomou a sábia decisão de se colocar numa região neutra em relação às tribos de Israel. Esse feito possibilitou a unidade nacional representada simbolicamente pela capital, centro das atenções do povo. Logo depois da ocupação da cidade, Davi tratou se investir em sua infra-estrutura a fim de torná-la favorável à habitação do rei.

2. A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO

A conquista de Jerusalém resultou na ampla expansão do reino de Israel. Ainda que, logo a principio, os filisteus investiram contra Davi, a fim de matá-lo, mas não obtiveram êxito, pois o Senhor era com ele (II Sm. 5.10,25). Os povos vizinhos de Israel reconheciam a atuação de Deus no reinado de Davi, os mensageiros do rei de Tiro, Hirão, é um exemplo (II Sm. 5.11). Por essa época a Arca da Aliança fora trazida para Jerusalém e ali permaneceu em uma tenda provisória até a construção do Templo no reinado de Salomão, o filho de Davi (I Rs. 8.1-9). A presença da Arca em Jerusalém, na sede do reinado, demarcava a importância do culto a Deus. Por essa razão, Davi e os filhos de Israel celebraram ao Senhor por ocasião da chegada da Arca (II Sm. 6.5). Essa atitude de Davi revela a importância que o rei atribuía a Deus. Nos dias atuais, no contexto materialista no qual estamos inseridos, predomina a ganância. São poucos os que ainda têm algum temor a Deus. Ao invés de tributarem em agradecimento a Deus pela expansão, os governantes ostentam a glória própria, pois como Herodes, não dão a devida glória a Deus (At. 12.23). Alguns outros, até dizem acreditar que Deus existe, mas vivem como se Ele não existisse, trata-se de uma crença meramente intelectual, destituída de obediência (Rm. 2.1-7). A expansão, seja ela coletiva ou individual, implica em grande responsabilidade. Aqueles que têm em abundância não devem olhar apenas para si mesmos, antes precisam se voltar para os outros, principalmente para os mais necessitados (I Jo. 3.17). Principalmente na cultura brasileira, já que as pesquisas comprovam que a prosperidade material, neste país, não redunda em dividendos sociais, diferentemente de alguns outros paises em que os ricos têm vergonha do acumulo exagerado de bens, por esse motivo, tratam de investir no reino de Deus e nas obras sociais.

3. OS PERIGOS DA EXPANSÃO

Fala-se muito em prosperidade nos dias atuais. Muitas igrejas fizeram da expansão e da riqueza o moto de suas mensagens. Mas a busca desenfreada pelo sucesso, fama e riqueza não garantem genuína espiritualidade. Uma igreja – ou pessoa – financeiramente próspera não necessariamente é espiritual. O Senhor Jesus repreendeu a igreja de Laodicéia pela prosperidade destituída de espiritualidade (Ap. 3.14-22). Os momentos de expansão foram sempre os mais perigosos na história de Israel e da Igreja. A romanização da igreja é um exemplo que não deve ser seguido. A fim de ganhar território e expandir suas fronteiras a igreja fez concessões que puseram em risco sua integridade. A biografia de Davi revela essa verdade, pois mesmo sendo um grande rei, juiz e general, não esteve imune às tentações que envolvem o sucesso. Há um sábio provérbio que diz: "o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente". Na mesma medida em que Davi expandia as fronteiras de Israel – também cometia os maiores deslizes espirituais. Acumulou várias esposas e com cada uma delas teve filhos que se digladiavam na ânsia pelo poder e luxúria (II Sm. 3.2; 13.1-4). Dentro de casa Davi não conseguia ser um bom pai, pois não contrariava os filhos, de modo que esses se voltaram contra ele (II Sm. 15.13,14; I Rs. 1.5-6). A expansão levou Davi à monotonia e às práticas de lazer que o conduziram aos desejos descontrolados (II Sm. 11.2-17).

CONCLUSÃO

A coroação de Davi possibilitou uma expansão sem precedentes na história do povo de Israel: de 24.000 para 240.000 Km². A conquista de Jerusalém foi o marco inicial do período áureo do reino davídico. Os cristãos esperam pela manifestação da Jerusalém espiritual, que virá de cima, em estado eterno (Gl. 4.25,26; Ap. 21.1,2). A expansão, o crescimento e a prosperidade no tempo presente não devem anular a esperança do que está por vir, pois "como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam" (I Co. 2.9).

BIBLIOGRAFIA

BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

A expansão do Reino Davídico – I

Posted: 09 Nov 2009 03:25 AM PST


[Amado leitor, pensando em facilitar vosso estudo da revista, desenvolvi esse comentário seguindo os tópicos e subtópicos da revista do Mestre. Espero poder ajudar de alguma forma. Deus abençoe a todos abundantemente!]

TEXTO ÁUREO

"E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele" (2 Sm 5.10). Da mesma maneira que os capítulos 3 e 4 detalham como os da casa de Saul se iam enfraquecendo, assim também os capítulos 5 a 10 mostram como Davi se ia fortalecendo. Defere-se que a principal causa desse crescimento de Davi era a presença constante e soberana do Senhor nele (1 Sm 16.18). A Verdade Prática de hoje afirma: "O reino de Israel se tornou forte e respeitado tendo Davi como seu rei. O segredo de todo esse êxito foi a bênção de Deus." Quando o Senhor está no controle, tudo vai bem.

OBJETIVOS

- Relatar a importância da cidade de Jerusalém para Israel e para a Igreja;
- Reconhecer que todo reino bem-sucedido suscita reações distintas;
- Identificar o legado de Davi para a história bíblica e para a Igreja.

Palavra Chave:
Expansão: – Fazer crescer, ampliar, desenvolver-se. [Davi capturou Jerusalém e fez dela a capital eterna de Israel. Anexada à Israel, Davi tornou essa cidade num tipo de centro espiritual do mundo, além do que, veio a ser o centro da obra redentora efetuada por Deus em nosso favor. Foi em "Tzion" que Cristo realizou nosso resgate no calvário e também venceu a morte, e também foi lá que ele mesmo derramou sobre os discípulos o Consolador... Davi deu a partida, com sua obediência, com sua visão, com sua persistência... como Davi, a Igreja deve expandir o Reino de Deus, sem temer os coxos e cegos.]

INTRODUÇÃO
Davi é lembrado e respeitado por seu coração voltado a Deus, apesar de suas fraquezas, possuía uma fé inabalável na fiel e perdoadora natureza de Deus. Na lição anterior vimos que Davi precisou pôr em prática tudo que aprendeu em suas peregrinações quando fugia de Saul, precisou de muito 'jogo de cintura', muitas manobras políticas, e acima de tudo, precisou da fidelidade divina. A ascensão de Davi ao trono não foi pacífica, pelo contrário, foi cruenta e envolveu guerra civil. Mas não obstante tudo isso, mesmo enfrentando as investidas das nações vizinhas, e também conflitos internos, familiares e governamentais, Davi cresceu e prosperou, pelo fato de obedecer à direção de Deus para sua vida. A vida desse que foi o maior rei de Israel e predecessor do Messias, nos ensina que a disposição para admitirmos honestamente os nossos erros e fracassos é o primeiro passo para lidarmos com eles, e nos dá a consciência de que o perdão divino não irá remover as conseqüências do erro, e acima de tudo, nos mostra que Deus deseja a nossa total confiança e adoração!

I. A NOVA SEDE DE UM NOVO REINO

1. Jerusalém e sua posição estratégica. Mencionada pela primeira vez na Bíblia sob o nome de Salém com seu rei e sumo-sacerdote Melquisedeque (Gn 14.18) veio a se tornar sob Davi a capital política e religiosa de Israel. A situação de Jerusalém entre as tribos do sul e as do norte explica a escolha de Davi. O nome da cidade é atestado desde o ano 2000 a.C.. A antiga cidade dos jebuseus (Dt 7) era naturalmente fortificada, encravada nas montanhas, o que a tornava militarmente estratégica e difícil de ser conquistada (Aqueles que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não pode ser abalado, mas permanece para sempre. Como estão os montes ao redor de Jerusalém, assim o Senhor está ao redor do seu povo, desde agora e para sempre. Sm 125.1,2), ocupava a colina de Ofel ou monte Sião ["Tzion" inicialmente se referiu a parte da cidade, mas depois passou a significar a cidade como um todo. Durante o reinado de Davi, ficou conhecida como Yir David (a cidade de Davi] designação da cidade que ocorre pela primeira vez na Bíblia aqui e a única em Samuel), entre os vales de Cedron e do Tiropeon; era dominada ao norte pelo cume onde Davi ergueu um altar (2 Sm 24.16) e Salomão o Templo (1 Rs 6) e o mesmo local onde Isaque foi livrado de ser sacrificado, monte Moriá, na eira de Omã (Gn 22.2; 2Cr 3.1).
Foi destruída por Nabucodonosor em 587 a.C (2 Rs 25) e em 70 d.C. pelo general romano Tito (Lc 21.20).
Jerusalém ou Sião virá a personificar o povo eleito (Ez 23; Is 62), é a morada de YAWEH e do seu Ungido (Sl 2;76.3; 110), o ponto de reunião de todos as nações (Is 2.1-5; 60), e é figura da nova Jerusalém mencionada em Ap 21.

2. Jerusalém e sua importância histórica. A cidade tem uma história que data do IV milênio a.C., tornando-a uma das mais antigas do mundo. Pesquisas arqueológicas indicam a ocupação de Ofel, desde a Idade do Cobre, ao redor do IV milênio a.C., com evidências de assentamentos permanentes durante o começo da Idade do Bronze (3000-2800 a.C). Acredita-se que Jerusalém como cidade tenha sido fundada pelos semitas ocidentais com assentamentos organizados em cerca de 2600 a.C.. Segundo a tradição judaica, a cidade foi fundada por Sem, filho de Noé e Éber, bisneto de Sem, antepassados de Abraão.

Considerada santa por judeus, cristãos e muçulmanos, é centro espiritual desde o século X a.C. No curso da história, Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes. A origem do nome Yerushalayim é incerta, Alguns acreditam que é uma combinação das palavras hebraicas "yerusha" (legado) e "Shalom" (paz), ou seja, legado da paz. Outros salientam que a segunda parte da palavra seria Salem (Shalem literalmente "completo" ou "em harmonia"), um nome recente de Jerusalém. De acordo com um midrash "(Bereshit Rabá), Abraão veio até a cidade, e a chamou de Shalem, depois de resgatar Ló. Abraão perguntou ao rei e ao mais alto sacerdote Melquizedeque se podiam abençoá-lo. Este encontro foi comemorado por adicionar o prefixo Yeru (derivado de Yireh, o nome que Abraão deu ao Monte do Templo) produzindo Yeru-Shalem, significando a "cidade de Shalem," ou "fundada por Shalem." Shalem significa "completo" ou "sem defeito. Por isso, "Yerushalayim" significa a "cidade perfeita", ou "a cidade daquele que é perfeito". O final -im indica o plural na gramática hebraica e -ayim a dualidade, possivelmente se referindo ao fato que a cidade se situa em duas colinas. O pronunciamento da última sílaba como -ayim parece ser uma modificação posterior, a qual não havia aparecido no tempo da Septuaginta."(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jerusal%C3%A9m)

Mencionada no Antigo Testamento como "A Cidade de Davi" e também no Novo como "Cidade do grande rei", por exemplo, em sua carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo faz um interessante contraste entre a Jerusalém histórica, a qual ele chama de terrena, e a Jerusalém espiritual, a qual ele chama de lá de cima (Gl 4.25,26). No perfeito estado eterno de "um novo céu e uma nova terra" (Ap 21), Deus fará a nova e resplandecente Jerusalém descer do céu e pairar nas alturas acima da nova terra (vv.1,2). Que cena maravilhosa não será?! Leia Apocalipse 21.10,11. Jerusalém possui não somente uma posição estratégica, mas também uma importância histórica para Israel e para a Igreja.

REFLEXÃO: "Deus nunca fez uma promessa que fosse boa demais para ser verdade". D. L. Moody (Revista do Mestre)

CURIOSIDADE: A Bíblia se refere a duas "cidades de Davi", uma por nascimento, outra por conquista. Por nascimento, lemos que: "Davi era filho de um efrateu de Belém de Judá, chamado Jessé, que tinha oito filhos." (1Sm, 17.12). Por conquista, nos ensina a Bíblia que Davi marchou com seus homens sobre Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam o território e conquistou a fortaleza de Sião, que ficou sendo a cidade de Davi. (2Sm, 5.7). Assim, das duas cidades de Davi, uma o é por nascimento, outra por conquista. Porém, curiosamente, o Antigo Testamento refere-se apenas à Jerusalém quando aplica o título de "Cidade de Davi". Talvez porque o título se aplicaria mais apropriadamente à cidade que Davi conquistou por seu mérito do que à sua terra natal. Já o Novo Testamento chama Belém de "Cidade de Davi", pois busca-se associar o nascimento do Antítipo de Davi, o Messias, à sua descendência real, o que também é perfeitamente justificado.

II. UM REINO CRESCENTE DESPERTA INIMIGOS

1. Um período de conquista. Flavio Josefo diz que vieram a Hebrom seis mil e oitocentos homens da tribo de Judá, armados de lanças e de escudos, que tinham seguido o partido de Isbosete… todos, de comum acordo, declararam a Davi rei (História dos Hebreus, pág 152, CPAD, 1990). Uma vez unificado o reino, Davi sem demora, marcha para Jerusalém e dá início a suas conquistas militares. A marca registrada desse rei, o conselho do Senhor, é apresentada outra vez: após consultar o Senhor e fazer o que este lhe ordenara, obtem vitória contra os jebuseus, habitantes de Jerusalém (2Sm 5.6). Após derrotar os jebuseus, a Bíblia diz que "ouvindo, pois, os filisteus que Davi fora ungido rei sobre Israel, subiram todos para prender a Davi" (2 Sm 5.17). Entretanto, a Escritura informa-nos que ele "feriu os filisteus desde Geba até chegar a Gezer" (2 Sm 5.25).

Sobre a conquista de Jerusalém, também conhecida como a fortaleza de Sião (2 Sm 5.7), o Salmo 2 vai nos mostrar esse fato e apresentá-lo como sendo um tipo da conquista do Messias que viria (Sl 2.6). Isso se explica pelo fato de que não somente Davi se torna um tipo do Messias vencedor, mas a própria Jerusalém terrestre, um tipo da celestial (Gl 4.26).

2. Reconhecimento lá fora. Como acontece hoje na política global, quando Davi logrou êxito na investida sobre Jerusalém e consolidou o reino, de imediato, como que 'reconhecendo a nova nação' Hirão, rei de Tiro, cidade portuária da Fenícia, a cerca de 56 Km ao norte do monte Carmelo, envia ao rei Davi, um presente, acompanhado de embaixadores a fim de firmar uma aliança. Esse ato do rei de Tiro foi um sinal para Davi da aprovação divina e a confirmação de sua casa sobre Israel. Na política sabe-se que "não há ninguém bobo" (Presidente Lula), Hirão precisava dos produtos agrícolas da Palestina (Es 3.7) bem como das rotas comerciais que cruzavam Israel, agora um reino vitorioso e com uma política expansionista, era vital então uma aliança, aliança essa que perdurou até Salomão.

O texto sagrado destaca que Davi "ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele" (2 Sm 5.10). Essa presença divina na vida e no reinado de Davi foi notória até fora de Israel, o que é demonstrado pelos presentes trazidos pelos mensageiros enviados por Hirão, rei de Tiro (2 Sm 5.11). Esse é mais um exemplo de que a nação escolhida por Deus só avançava quando o seu Rei estava no comando e Davi ais que qualquer outro na história antiga de Israel, sabia reconhecer que no seu reinado todas as bênçãos materiais e espirituais sobre o povo, a terra e o culto divino procediam de Deus.

Essa expansão do reino de Davi despertava admiração e ao mesmo tempo inimizade (5.17).

III. NOVO REINO, NOVOS ALVOS A ALCANÇAR

1. Adoração ao Senhor. A Arca da Aliança foi capturada pelos filisteus e permaneceu em seu poder por sete meses, sendo posteriormente restituída a Israel e levada para Quiriate-Jearim (1Sm 7.2), no decurso de todo o reinado de Saul, ela permaneceu lá, sendo negligenciada e 'condenada' à obscuridade, isso revela a total incúria daquele déspota para com a adoração em seu reinado. Ao assumir o trono, a preocupação de Davi foi em restaurar a adoração ao Deus de Israel. A Arca representava a direção, a provisão, o poder e a misericórdia de Deus. Ao trazer a Arca para o centro do seu governo, demonstrou a sua vontade em reconduzir a nação de volta ao seu propósito existencial: YAWEH e a Lei no centro da vida nacional.
Várias vezes no ano, os judeus subiam para essa cidade, situada 750 metros acima do nível do mar, na região montanhosa, entoando os Salmos de subidas ou de degraus, também chamados de Salmos de romagem, os quais eram cantados pelo povo que olhava para Jerusalém, se preparando para participar do louvor na cidade santa. Uma série de 15 destes Salmos (120 – 134),

2. Um projeto de construção. Davi acabara de se mudar para a casa de cedros que Hirão, rei de Tiro, lhe havia presenteado, viu a sua própria casa, agora um palácio real construído com material importado e desejou edificar uma casa (um templo) para Deus. Conhecedor do intento de Davi, o Senhor confirma a casa (dinastia) de Davi e diz que seria seu filho, Salomão, quem edificaria um templo ao Senhor. Cristo, o Antítipo de Davi, teve seu reino espiritual consolidado, agora nós, filhos do Rei, temos a comissão de construir um templo ao Senhor! Que maravilha! O salvo em Cristo agora é o templo e morada do Espírito Santo (Tg 4.5). Nesta era da Igreja, cada crente é santuário de Deus e, por isso, pode adorá-lo pelo Espírito Santo, que no crente habita, em qualquer lugar (1 Co 3.16). Quando vivemos no relacionamento correto com Deus, Ele pode derramar todas as suas bênçãos sobre nós. [... ] Após a morte de Saul, o Senhor deu a Davi uma promessa por meio de seu profeta Natã. A respeito de Salomão, o filho de Davi, Deus disse: "Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre" (2 Sm 7.13). E Deus acrescentou: "Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre" (v.16). Esta promessa é a base da aliança davídica. A "casa" de Davi é uma referência a sua linhagem familiar. O "trono" de Davi simboliza o governo de sua família sobre o reino de Israel. O "reino" inclui tanto o povo como seu território. As gerações subsequentes de israelitas, tanto no NT como do AT, conheciam esta promessa e aceitavam-na como sendo literal: somente através da família de Davi haveria reis sobre Israel" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.37).

CONCLUSÃO

Davi, o filho caçula de Jessé, pastor, musico, pajem, oficial do rei, fugitivo, bandoleiro, foi o grande rei de Israel. Ele foi tão importante no plano de Deus que o trono de Israel é chamado de o trono de Davi. Cristo Jesus é ainda aludido como o filho de Davi, referindo-se à Sua linhagem para o trono. Davi tinha cerca de 20 anos quando decidiu a batalha contra os filisteus ao vencer o valente Golias. Tinha 30 anos quando começou a reinar em Hebrom, e 37 quando foi aclamado o grande rei sobre todo Israel. Viveu 70 anos, durante os quais foi um grande rei e um grande profeta.
Não obstante o sucesso espiritual e conseqüentemente, material de Davi, esse homem caminhou pelo vale da vergonha quando do episódio com Bate-Seba, esposa de Urias (1Rs 15:5), e apesar dos seus maus e reprováveis procedimentos que a Bíblia não omite por ser Ela imparcial, tinha o propósito de amar ao Senhor, buscá-Lo e consultá-Lo em oração, adorá-Lo e sempre fazer sua vontade. Por isso, o seu reinado em Israel tornou-se forte e estável. O legado de Davi para a história bíblica e universal e, particularmente, para a Igreja atual, é muito importante, pois nele está materializada a história de Israel, bem como uma marcante experiência espiritual. Por conseguinte, Davi é citado em o Novo Testamento por diversas vezes.

APLICAÇÃO PESSOAL

Nos dias de Salomão, Israel alcançou a sua glória, em poder e riquezas, mas a base dessa futura potencia foi lançada por Davi, que a partir de um reino despedaçado, que Saul havia deixado como herança, construiu um reino forte e coeso. Sobressai-se na vida devocional desse grande homem a submissão a YAWEH e a preocupação constante em estar direcionado pela vontade divina – esse é o segredo do seu sucesso – o seu coração totalmente voltado para Deus.

Obediência é o grande legado de Davi para todos nós, foi por esta razão que Deus o abençoou.Não quero afirmar aqui que poderemos alcançar o mesmo sucesso material, no entanto, nossa obediência a Deus é, certamente, a melhor e mais acertada decisão. Muitas vezes estamos mais parecidos com Davi quando este estava a 'curtir' seu palácio e veio a cair, acrescentando ao seu curriculum os predicados 'traidor, mentiroso, adúltero e assassino'. Essa batalha que se trava dentro de nós conforme bem explicita Paulo em Gl 5.17, e encontra guarida em nossos sentimentos tornando-se em atos que muitas vezes prejudica ou até mesmo mata(espiritualmente) alguém, pelo simples fato de esquecermos que obedecer é um princípio fundamental da vida cristã. O Deus de Davi continua o mesmo. Ele ainda requer obediência. Davi é um exemplo de que, sem obediência a Deus, o líder não conseguirá obter o bom êxito e a expansão da obra de Deus.

PARA REFLETIR UM POUCO MAIS:

O verdadeiro homem/mulher de Deus é um homem/mulher da Bíblia e o meditar nesse livro faz o homem/mulher, coroa da criação, sonhar e desejar por alçar vôos mais altos e se livrar de qualquer espécie de amarras que o prenda. Ser cristão é ser cônscio e ferrenho defensor da luta em favor da justiça. A história está repleta de exemplos de que por onde a doutrina protestante passou, houve avanços em todas às áreas da vida. Basta olhar para a história de nações como a Holanda, Inglaterra e Estados Unidos para comprovarmos isso. Não podemos nos envergonhar do evangelho, "porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê primeiro do judeu e também do grego." (Rm 1:16).

Se quisermos realmente transformar nosso país numa grande nação, a exemplo de Davi, teremos que restaurar o culto ao Senhor, trazer a Arca (presença de Deus, direção, a provisão, o poder e a misericórdia de Deus); como Davi, a Igreja deve expandir o Reino de Deus em terras tupiniquins, sem temer os coxos e cegos. O protestantismo brasileiro quer seja ele o histórico, pentecostal ou neo-pentecostal tem essa comissão. SOLA FIDE, SOLA SCRIPTURA, SOLUS CHRISTUS, SOLA GRATIA, SOLI DEO GLORIA!
N'Ele, nosso YAWEH T'Sabaoth,

Francisco de Assis Barbosa, [ton frère dans Le sauvateur Jésus Christ]
Professor da EBD na IEAD Ministério do Belém em São Caetano do Sul, SP

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- FINNEY, C. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2001.
- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB;
- Bíblia de Jerusalém – Nova Edição, Revista e Ampliada – Paulus;
- Dicionário Vine – CPAD
- História dos Hebreus, pág 152, CPAD, 1990