Twitter é meio de busca por emprego e de "networking"
CHIAKI KAREN TADA
colaboração para a Folha de S.Paulo
Blogs e redes sociais --como o site de relacionamentos LinkedIn-- já há algum tempo são encarados por profissionais de diversas áreas como meios para dividir experiências, fazer "networking", buscar referências e até encontrar emprego.
Agora, a bola da vez é o Twitter, site de microblogs que ganha atenção no Brasil e entrou para o rol de instrumentos de comunicação utilizados para fins profissionais.
A ferramenta é usada principalmente entre os atuantes em comunicação e tecnologia da informação. Uma olhada nos buscadores de "tweets" (posts do Twitter) mostra avisos de oportunidades para designers, programadores e publicitários.
A eficácia da rede foi testada pelo analista de mídia social Adriano Trotta, 29. Ao saber que seria despedido, lembrou-se de ter visto um anúncio de vaga em um Twitter que costumava seguir.
Procurou o "twitteiro" (autor dos microposts), um diretor de empresa de comunicação, mandou currículo, passou por entrevistas e foi contratado.
"Nem cheguei a me cadastrar em sites de emprego. Vi [o Twitter] como um canal, uma facilidade de comunicação."
"Networking"
O publicitário Guilherme Cury, 21, divulga vagas de que fica sabendo em seu Twitter, que conta com quase 800 seguidores. Também faz do microblog uma ferramenta de "networking", falando sobre suas atividades profissionais e temas de interesse.
Ele diz prestar atenção na imagem que construiu. "É preciso se preocupar com o que se fala", diz Cury, que também já conseguiu trabalhos pelo Twitter, além de ajudar outras pessoas a conquistá-los.
O Twitter também virou opção para quem tem dificuldade em encontrar um funcionário pelos meios tradicionais.
Depois de colocar cartazes em faculdades e consultar conhecidos, sem sucesso, Gabriela Bianco, gerente de relacionamento da agência Dudinka Social Media, anunciou uma vaga para estagiário no microblog.
Como tinha muitos seguidores (hoje são cerca de 900), a oferta se espalhou. "O Twitter amplifica a mensagem. E tem o "retweet" [quando outros "twitteiros" repassam a mensagem de alguém]", observa.
Ao receber uma indicação, Bianco verificou o Twitter da candidata. "A função envolvia escrita", diz. Antes de contratar, seguiu o processo tradicional: a entrevista em pessoa.
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