Detenções de Cristãos na Eritreia são "perturbadoras", diz CSW
A detenção de mais de cem cristãos – homens, mulheres e crianças – na Eritreia é "profundamente perturbadora", diz um grupo que trabalha no apoio à Igreja perseguida.
A Solidariedade Cristã Mundial (CSW, sigla em Inglês) está a apelar à comunidade internacional para pressionar a Eritreia a cumprir com as suas obrigações internacionais e constitucionais sobre os direitos humanos.
Segundo o grupo, uma campanha de detenções em massa foi iniciada no final de Novembro em várias cidades antes de chegar à capital, Asmara, em 12 de Dezembro. Cristãos de todas as denominações foram afectados pelas detenções.
Fontes locais revelaram à CSW que os detidos Cristãos estavam a ser transferidos para uma instalação militar, onde sofreram alegadamente abusos físicos. Especula-se que alguns tenham morrido em consequência dos ferimentos, após ter sido negado o acesso a tratamento médico.
A Directora de Protecção da CSW, Tina Lambert, declarou: "O prosseguimento das detenções em massa é profundamente inquietante. Estamos particularmente preocupados com relatórios que indicam que alguns presos podem ainda ter morrido por ferimentos infligidos durante os maus-tratos. Os nossos pensamentos e orações estão com aqueles que se encontram agora possivelmente amargurados, com os amigos e com os familiares.
"Apelamos aos mais influentes membros da comunidade internacional para relembrar o governo Eritreu das suas obrigações internacionais e constitucionais no que respeita à liberdade religiosa e tratamento indulgente dos prisioneiros, e para instar o regime a conceder livre correspondência com os familiares próximos, acesso a tratamento médico e a representação jurídica."
Uma delegação chefiada por um administrador da Igreja Ortodoxa Eritreia, imposto pelo governo, Yoftahe Dimetros, não conseguiu uma audiência em Itália com representantes da Igreja Católica, e foi-lhe negado o acesso à igreja Ortodoxa Eritreia de Milão, Kidist Mariam, numa recente visita à Europa. A igreja de Milão afirmou que a delegação não representava a Igreja Ortodoxa da Eritreia.
Fonte: Christian Today e Gospel+
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