O anti-hype do graffiti
Há mais ou menos uma década o graffiti saiu da marginalidade, foi conquistando o apoio de órgãos oficiais e grandes empresas, até parar nas reticentes galerias de arte. Um público jovem se formou em torno da street-art e fez de alguns grafiteiros verdadeiras estrelas, como é o caso do inglês Banksy ou dos brasileiros Os Gêmeos. De olho no potencial econômico do nicho, muitas marcas de roupas e calçados aproveitaram a onda para o lançamento de coleções vintages usando seus produtos como plataforma de impressão. Mas se para muitos, o graffiti é a voz da cidade, para alguns agitadores em Nova York está na hora de por limites a esse hype todo. Apelidados de Splashers por blogueiros, os interventores anônimos borram obras com jatos de tintas e pregam manifestos fotocopiados sobre as mesmas. Pesado os necessários limites na ação dos manifestantes, há de se reconhecer que os atos levantam algumas questões pertinentes. Os artistas urbanos são realmente inovadores e revolucionários? Qual a durabilidade dessas peças?
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