Há nove anos uma pastora americana chamada Sylvia Pennington publicou o livro Ex-gays? There are none! (Ex-gays? Não há nenhum!)
O título é bonito e impactante, mas não revela a verdade. Desde que o evangelho de Jesus começou a ser pregado, começaram a aparecer os ex-gays. São 2 mil anos de ex-gays através da história. Os primeiros moravam na Grécia de Sócrates e Platão, adeptos do homossexualismo. (Veja A ousadia de Paulo). Eles viviam em Corinto e eram efeminados e sodomitas antes da conversão. Juntamente com outras pessoas que praticavam outros vícios (impureza heterossexual, adultério, idolatria pagã, furtos, roubos, avareza, calúnia e alcoolismo), esses antigos homossexuais experimentaram uma tremenda transformação interior provocada pelo anúncio das Boas Novas (evangelho) e pela operação irresistível do Espírito de Deus em suas vidas. Eles foram "lavados do pecado, separados para pertencerem a Deus (santificados) e aceitos por Ele (justificados), por meio do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus" (1 Co 6.11 BLH). Talvez tenham tido alguma dificuldade posterior e não cresceram espiritualmente como deveriam (1 Co 3.1). Um dos egressos do submundo, não necessariamente ex-gay, chegou a possuir a mulher do próprio pai (1 Co 5.1), pecado incomum do qual veio a se arrepender (2 Co 2.5-11). Eles tinham dificuldade de viver harmoniosamente uns com os outros (1 Co 3.3, 6.1) e sofriam certas pressões da carne na área da pureza sexual (1 Co 6.12-7.9). Todos eram ao mesmo tempo santificados (separados das trevas para a luz) e chamados para serem santos (1 Co 1.2), isto é, a caminhada tinha começo e também prosseguimento.
Seria cansativo e tomaria muito espaço citar nome por nome os muitos ex-gays de hoje em dia. Ex-gays há cinco anos, há dez anos, há vinte anos e há mais tempo ainda. O próprio autor do livro A operação do erro, que conta magistralmente a história do Movimento Gay Cristão, Joe Dallas, era homossexual (veja os acontecimentos de outubro de 1978 e de 1984 na Cronologia).
Há dezenas de ex-gays firmes na fé e até ministrando para gays ainda professos nos Estados Unidos, na Europa, na Argentina e no Brasil. Ultimato mesmo já publicou o testemunho de muitos ex-homossexuais, como os de Jeff Painter (março de 1983, p. 25), Simon Th. Dijkstra (junho de 1991, p. 26), Carlos Henrique Bertilac da Silva, Mike Hawkins e Paulo Roberto Parreira Figueira (setembro de 1995, p. 19) e da ex-lésbica canadense Patricia Allan (setembro de 1995, p. 20). Em fevereiro deste ano, a revista Vinde estampou na capa a foto e a declaração do jornalista João Luiz Santolin: "Eu fui gay". A revista secular IstoÉ, de 15 de outubro do ano passado (p. 59) conta a história da conversão de três ex-homossexuais que chegaram a se prostituir como travestis: Antonio Chagas (ex-Taiane), João Carlos Xavier (ex-Carla) e Márcio Ribeiro (ex-Bianca). E a Folha de São Paulo, de 22 de fevereiro do ano em curso, publicou uma entrevista com o já citado jornalista João Luiz Santolin, fundador do Movimento pela Sexualidade Sadia (MOSES), formado quase exclusivamente por homens e mulheres que viveram o homossexualismo e, agora, se propõem a ajudar aqueles que desejam vencer a compulsão sexual, seja homo ou heterossexual, por meio do conhecimento de Deus e obediência diária à sua Palavra (Caixa Postal 20.059 - 21022-970 Rio de Janeiro, RJ). O primeiro ex-gay a testemunhar para um público de 130 pessoas que participaram do III Encontro Cristão sobre Homossexualismo, realizado na cidade universitária de Viçosa, em Minas Gerais, de 11 a 14 de junho, foi o advogado argentino José Luis Maccarone.
As autoridades no assunto explicam que o processo da recuperação começa com um acontecimento qualquer que provoca uma reavaliação de seu estilo de vida atual. Pode ser, por exemplo, a morte ou a traição de um parceiro homossexual. O estágio seguinte é a aceitação séria e voluntária de Cristo como Salvador. A partir de então a pessoa entrega sua vida ao Senhor e começa a se apropriar da salvação. O terceiro estágio consiste em deixar para trás tudo que lembra a vida anterior: amigos gays, estabelecimentos gays e grupos sociais gays. Nessa fase, mais do que nunca o homossexual em processo de recuperação precisa de parentes, novos amigos e igrejas bem abertas para ele. O último estágio relaciona-se com a formação de uma nova identidade. Nele se inclui uma crescente insatisfação com o rótulo homossexual e até com a expressão ex-homossexual ou ex-gay.
Nota: 1. Com aulas semanais e com duração de três meses, o MOSES vai promover um curso de conselheiros para ex-homossexuais no Seminário Teológico Betel, no Rio de Janeiro. Informações pelos telefones (21) 756-8822 (pela manhã, com Marinalva) e (21) 671-4984 (à tarde, com Maria). | | |
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