Cristãos são condenados por pregação da palavra de Deus
07 de Setembro de 2007 às 15:15:26 | Atualizada em 07 de Setembro de 2007 às 15:26:18
Cinco cristãos foram condenados no mês de junho com base numa legislação religiosa controversa por pregarem o Evangelho, mas os detalhes do julgamento, na cidade de Tizi Ouzo, só foram divulgados no último dia 4 de setembro.
Segundo o maior jornal da Argélia, "El-Khabar", as sentenças variaram entre um ano sem fiança e um ano com uma fiança de 5000 dinares algerianos (R$140). Não foram revelados os nomes dos cristãos condenados.
Uma pessoa que acompanha o caso, mas pediu anonimato, disse que a polícia espancou os cristãos. "Um policial perguntou a um dos acusados sobre o cristianismo, pediu uma Bíblia e os prendeu", disse a fonte.
Campanha anticristã
A notícia das detenções veio depois de o Ministério para Assuntos Religiosos da Argélia lançar uma campanha contra a conversão ao cristianismo, enquanto chamavam xeiques do Oriente Médio, autoridades e organizações não-governamentais para tentar influenciar esses "cristãos que se convertem com uma visão positiva".
No ano passado, o parlamento da Argélia adotou uma lei que prevê uma dura pena de prisão para "quem tentar dizer a um muçulmano para que se converta a outra religião".
Na ocasião, havia comentários de que essas leis nos países do norte africano eram uma resposta aos evangelistas cristãos e missionários que oravam e pregavam em várias partes do país.
A lei pode ser especialmente aplicada a "qualquer um que tentar ou forçar a conversão de um muçulmano a outra religião".
Editoras cristãs também são alvo da lei com as mesmas penalidades aplicadas a toda "pessoa, fabricante ou loja que circule publicações de audiovisual (mídia) ou outras ferramentas de comunicação que contribuam com a desestabilização do islã."
A lei também proíbe a prática de qualquer religião "menos o islã", fora de "edifícios alocados sem licenciamento".
O Ministério para Assuntos Religiosos sugeriu que a lei "proíba as atividades religiosas", de acordo com a agência de notícias "BosNewsLife".
Os cristãos e judeus constituem até 1% da Argélia, que é majoritariamente sunita e formada por 33 milhões de pessoas, segundo estimativas da agência de inteligência norte-americana, a CIA.
Contexto político e histórico
Embora a Argélia esteja debaixo do governo do presidente Abdelaziz Bouteflika - que ganhou algum elogio do Ocidente por apoiar "a guerra contra o terror conduzida pelos EUA" - a prisão de cristãos traz grandes preocupações entre defensores de direitos humanos e grupos como a Anistia Internacional.
Existem preocupações contínuas com relação às tensões na Argélia após 1990, numa luta que envolve o exército e militantes islâmicos.
Em 1992, uma eleição geral vencida por um partido islâmico foi anulada, levando a uma guerra civil sangrenta em que mais de 150 mil pessoas foram mortas.
Desde 1999, há uma trégua entre as partes, mas a tensão permanece em todo lugar.
Fonte: Portas Abertas / Gospel +
Segundo o maior jornal da Argélia, "El-Khabar", as sentenças variaram entre um ano sem fiança e um ano com uma fiança de 5000 dinares algerianos (R$140). Não foram revelados os nomes dos cristãos condenados.
Uma pessoa que acompanha o caso, mas pediu anonimato, disse que a polícia espancou os cristãos. "Um policial perguntou a um dos acusados sobre o cristianismo, pediu uma Bíblia e os prendeu", disse a fonte.
Campanha anticristã
A notícia das detenções veio depois de o Ministério para Assuntos Religiosos da Argélia lançar uma campanha contra a conversão ao cristianismo, enquanto chamavam xeiques do Oriente Médio, autoridades e organizações não-governamentais para tentar influenciar esses "cristãos que se convertem com uma visão positiva".
No ano passado, o parlamento da Argélia adotou uma lei que prevê uma dura pena de prisão para "quem tentar dizer a um muçulmano para que se converta a outra religião".
Na ocasião, havia comentários de que essas leis nos países do norte africano eram uma resposta aos evangelistas cristãos e missionários que oravam e pregavam em várias partes do país.
A lei pode ser especialmente aplicada a "qualquer um que tentar ou forçar a conversão de um muçulmano a outra religião".
Editoras cristãs também são alvo da lei com as mesmas penalidades aplicadas a toda "pessoa, fabricante ou loja que circule publicações de audiovisual (mídia) ou outras ferramentas de comunicação que contribuam com a desestabilização do islã."
A lei também proíbe a prática de qualquer religião "menos o islã", fora de "edifícios alocados sem licenciamento".
O Ministério para Assuntos Religiosos sugeriu que a lei "proíba as atividades religiosas", de acordo com a agência de notícias "BosNewsLife".
Os cristãos e judeus constituem até 1% da Argélia, que é majoritariamente sunita e formada por 33 milhões de pessoas, segundo estimativas da agência de inteligência norte-americana, a CIA.
Contexto político e histórico
Embora a Argélia esteja debaixo do governo do presidente Abdelaziz Bouteflika - que ganhou algum elogio do Ocidente por apoiar "a guerra contra o terror conduzida pelos EUA" - a prisão de cristãos traz grandes preocupações entre defensores de direitos humanos e grupos como a Anistia Internacional.
Existem preocupações contínuas com relação às tensões na Argélia após 1990, numa luta que envolve o exército e militantes islâmicos.
Em 1992, uma eleição geral vencida por um partido islâmico foi anulada, levando a uma guerra civil sangrenta em que mais de 150 mil pessoas foram mortas.
Desde 1999, há uma trégua entre as partes, mas a tensão permanece em todo lugar.
Fonte: Portas Abertas / Gospel +
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