A volta, depois da queda

        A missionária Lanna Holder, afastada do ministério de pregadora itinerante por um escândalo homossexual, está de volta aos púlpitos e se considera restaurada pelo Senhor

        No fim de 2002, a Igreja Evangélica foi sacudida por rumores de um caso que tinha todos os ingredientes para se transformar em mais um escândalo. E foi. A história envolvia a missionária pernambucana Lanna Holder, uma das pregadoras mais conhecidas do meio pentecostal brasileiro. As notícias davam conta de que Lanna se envolvera com a dirigente do louvor da World Revival Church – Assembléia de Deus de Boston, nos Estados Unidos, e estava mantendo um relacionamento homossexual. O incidente caiu como uma bomba e se transformou em um choque para muita gente, sobretudo as multidões que lotavam os eventos onde ela pregava e consumia vorazmente as fitas e vídeos com suas mensagens.

        A bem da verdade, o caso homossexual era uma recaída. Lanna tornou-se famosa no Brasil e no exterior graças ao seu testemunho de conversão, que incluía, justamente, a libertação de uma vida promíscua, marcada pelo uso de drogas e pelo lesbianismo. Porém, àquela altura, a falta de informações gerou uma profusão de boatos. Ferida e com o ministério destruído, Lanna admitiu a queda e sumiu dos holofotes e dos púlpitos. Seu nome virou assunto das rodinhas de porta de igreja depois dos cultos. Abandonada pelos que a incensavam – inclusive, boa parte da imprensa evangélica, que depois do ocorrido deixou seus leitores sem notícias –, ela foi entrevistada por ECLÉSIA em janeiro de 2003 e abriu o jogo, falando do caso, das dificuldades financeiras devido à interrupção das ofertas, da insatisfação conjugal e da hipocrisia de muitos pastores.

        Passados seis anos de silêncio, Lanna Holder está de volta. Desde meados de 2007, ela já havia retomado as pregações nos Estados Unidos e, nos meses de setembro, outubro e novembro, esteve ministrando na Europa e no Brasil, ocasião em que recebeu novamente a reportagem de ECLÉSIA. Lembrou os problemas do passado, como a loucura de ter que pregar quase todo dia para manter a viabilidade financeira do ministério e atender aos interesses das lideranças que lhe franqueavam o púlpito. Admitiu novamente o caso homossexual que durou cinco meses e pôs tudo a perder – embora, como faz questão de dizer, tenha sido aconselhada por diversos pastores a manter o bico fechado e continuar seu trabalho nas igrejas como se nada tivesse acontecido. “Disseram que seria muita burrice minha admitir tudo”, lembra.

        Ela garante que, dos tempos dourados, nada lhe restou. O casamento com o também missionário Samuel Davi de Souza acabou. O dinheiro também. Sobraram apenas dívidas. E muitas. Lanna conta que sua prioridade passou a ser o sustento do filho, Samuel David Holder de Souza, e o acerto com os credores. Diferente do que foi dito na época, que ela teria fugido do Brasil por causa das dívidas, garante que nunca foi esse seu pensamento ao fixar residência nos Estados Unidos. “Mas não tinha clima para ficar aqui. Além do mais, lá, ganharia mais”, explica. Trabalhou durante um bom tempo com o que aparecia: limpeza, entrega de pizza, serviços administrativos, pintura de paredes. Lanna Garante que já acertou quase tudo com os credores.

        Em busca do anonimato, a princípio ela decidiu não freqüentar mais igrejas brasileiras nos Estados Unidos. Ia a cultos de americanos para não ser reconhecida e para evitar “profetas” que lhe apontavam o dedo e falavam que Deus ia matá-la ou levaria seu filho como uma espécie de castigo pelo pecado cometido. Mas era preciso lutar contra os desejos, que, reconhece, teimavam em lhe assaltar. Chegou a participar de reuniões de cura interior e quebra de maldições, mas a inclinação homossexual continuava latente. Conseguiu vencer os desejos aos poucos, principalmente graças ao apoio da pastora Márcia Cunha e do pessoal da Igreja Batista Emanuel, que foram bombardeados por terem acolhido Lanna. “Disseram que era uma igreja de gays porque estavam me ajudando”, diz ela.

        Lanna Holder diz que havia decidido não pregar mais. Manteve a decisão até 28 de julho de 2006, quando um acidente de carro quase lhe tirou a vida. Passou 42 dias internada e sofreu nove cirurgias. Entre os muitos ferimentos, teve o peito esmagado, perfurações nos pulmões e no fígado e hemorragias internas causadas pela fratura das costelas, além de um trauma cardíaco. O coração passou a funcionar com apenas 20% da capacidade. A previsão dos médicos não era nada boa: no mínimo, ela precisaria colocar um marca passo. Naquele momento, conta, percebeu que Deus queria chamar sua atenção. “Falei com o Senhor que faria sua vontade, e não a minha. E pedi que, caso fosse do seu agrado que eu voltasse a pregar, que meu coração se recuperasse e eu não precisasse passar pela operação. Em quatro meses, o coração estava perfeito”, conta a missionária.

        Exatamente um ano após o acidente, portas se abriram e Lanna Holder voltou aos púlpitos. Mas, como diz, eram novas portas. As antigas continuaram fechadas para ela. O ministério voltou com força. No segundo semestre de 2008, em pouco mais de 70 dias, Lanna passou por oito países da Europa, além de fazer um périplo pelas cinco regiões do Brasil. Aos 33 anos de idade, a obreira continua com o sorriso esperto de menina e o jeito divertido que sempre marcaram suas pregações. Mas agora está bem mais madura. Já não se preocupa tanto em levantar o público ou gerar comoção com frases de efeito ou histórias escabrosas de outros tempos. Algumas vezes, prefere mensagens tranqüilas, mais voltadas para o ensino da Palavra e que primem pelo ensino.

        Nesta entrevista, Lanna fala sobre essas mudanças e sobre seus planos para o futuro. “Sei que foi o Senhor quem me chamou. Por isso, não posso parar, mesmo com tantas críticas que venho sofrendo. Sei que a glória desse segundo momento será muito maior”, garante. Os objetivos ministeriais incluem a abertura de uma base na Europa ou nos EUA e outra no Rio de Janeiro. “Depois, começar um trabalho para auxiliar pessoas que enfrentem o mesmo problema que eu, ao da homossexualidade.” Ao lado dela, a mãe, Elizabeth Marinho, que também se define como missionária, admite as dificuldades. “Fico impressionada com tantas mulheres que vêm e dão em cima dela na cara dura”, espanta-se. “Os homens, não; são todas mulheres, até irmãs. Parece algo feito para tentá-la mesmo”, reclama.

        Depois de tudo o que passou, Lanna parece mais compreensiva em relação a quem enfrenta problemas nesta área, um dos maiores tabus do segmento evangélico. “Sempre me perguntam se estou ‘curada’ de vez, como se a homossexualidade fosse alguma doença”, comenta. “Sou completamente honesta quando me indagam sobre cura ou libertação neste aspecto: estou em processo de cura. Algumas pessoas conseguem ser libertas de uma vez de tudo. Outras, não; permanecem com trejeitos e vontades, como se fosse uma compulsão que precisam vencer diariamente”, diz, numa honestidade que deixaria desconcertados muitos de seus admiradores. “É o meu caso – não me sinto mais vulnerável, mas se fosse esperar toda inclinação desaparecer completamente, nunca voltaria a ministrar.” Para ela, as lideranças das igrejas não sabem lidar com o problema e espiritualizam demais o assunto. Afinal, como pessoas batizadas no Espírito Santo podem estar endemoninhadas?”, questiona. “Mas é mais fácil ferir as pessoas e fechar as portas da graça do que abri-las”, encerra, em tom grave.

ECLÉSIA – Como você define sua situação espiritual hoje?
LANNA HOLDER – Hoje eu vejo que tudo colaborou para que eu crescesse espiritualmente e aprendesse com Deus. O que me aconteceu serviu para que eu descobrisse os verdadeiros amigos que eu tinha, para que eu conseguisse rever os meus conceitos a nível de integridade, de caráter, de valores pessoais e aquilo que realmente atraía as pessoas até mim. Quando nos estamos no alto do monte, todos são amigos – e muitos dizem que são nossos amigos mesmo sem nos conhecer, só porque temos um nome. Desci ao vale, e lá descobri os verdadeiros amigos, os verdadeiros valores, e me tornei uma pessoa melhor do que era. O Senhor transformou as maldições em bênçãos; hoje, sou uma pessoa mais madura, tenho mais consciência do que quero e estou com os pés firmados em um propósito. Eu estou vivendo à luz da Palavra e caminhando no propósito que Deus tem para a minha vida.

E qual é esse seu propósito?
O mesmo que eu tinha desde que recebi o meu chamado, após a minha conversão – o propósito de ganhar almas para o Senhor. Deus me deu o dom da palavra, é o que eu sei e faço com prazer e alegria. Pregar o Evangelho satisfaz e preenche a minha alma e alegra o meu espírito, dando-me um sentimento de satisfação espiritual. E o meu propósito é independente de qualquer coisa; eu não vou abrir mão do meu ministério, daquilo que o Senhor me concedeu. Ainda que as igrejas e os ministérios fechem suas portas para mim, vou seguir até o fim esse propósito, que é o de pregar a Palavra de Deus.

Onde você está morando?
Moro numa cidade chamada Rollingstone, perto de Boston, Massachussets, nos Estados Unidos. Preciso agora legalizar minha situação perante a Imigração americana para fixar minha residência. Mas tenho um desejo de também manter residência na Europa, abrindo as portas para um ministério lá. Mas estou na certeza de que vai ser Deus que vai prover; não sei agora definir para onde irei. Acabo de passar uma temporada de 40 dias na Europa, onde, na companhia de minha mãe, Elizabeth Marinho, estive em oito países.

Como tem sido a recepção das pessoas quando você vai às igrejas?
Melhor do que eu poderia imaginar. Depois do que eu passei, fico meio instável acerca de como vai ser esse relacionamento. Mas a minha vinda ao Brasil me permitiu ver os verdadeiros intercessores do meu ministério – foram os pequenos, os simples, aqueles que fazem parte do povo; aqueles que, quando me vêem, choram e me abraçam, agradecendo a Deus por eu estar de volta e pregando. O amor incondicional dessas pessoas foi como uma alavanca para me manter focalizada naquilo que o Senhor tem para a minha vida.

Durante o período que se seguiu ao que você mesmo define como queda, o que as pessoas lhe diziam?
Particularmente, depois de eu ter passado pelo meu fracasso matrimonial resultante do processo da minha queda, eu me sentia muito atingida com comentários de irmãos e de “profetas” que se diziam mensageiros da Palavra e do juízo de Deus sobre a minha vida. Houve quem me dissesse que Deus me mataria ou me colocaria numa cadeira de rodas, ou que iria me cobrar tirando a vida do meu filho. Enfim, foram diversas palavras de desgraça, destruição; mas ao invés disso, o que vi foi Deus cuidando de mim, sarando minhas feridas.

Quando você voltou a pregar?
Em julho de 2007, exatamente um ano depois do acidente em que Deus guardou minha vida e que serviu de sinal para que eu voltasse. Foi difícil?
Foi muito interessante, porque a primeira coisa que eu pensei foi que acreditava que estava no púlpito de novo, na posição de pregadora, até porque eu havia sido muito sincera quando disse para Deus que não queria voltar para o ministério. Então, quando eu me vi ali pregando a Palavra, eu tive absoluta certeza do meu processo de restauração e de que não estava ali porque eu queria, mas porque Deus o quis.

Com quem você vive atualmente?
Antes de eu sair dos Estados Unidos, eu estava dividindo uma casa com duas irmãs, uma de 56 anos e outra de 36, ambas da igreja. Ou seja, éramos nós três mais o meu menino. Agora, voltando para lá, eu pretendo ter o meu apartamento sozinha, para que eu possa cuidar do meu filho e que tenhamos mais privacidade. Essa é a minha prioridade.

Apesar de sua agenda, você consegue acompanhá-lo?
Ele veio comigo, porque já fazia cerca de um ano e meio que não via o pai e até porque eu não tenho nenhum parente nos Estados Unidos com quem pudesse deixá-lo. Estava previsto o retorno dele para lá comigo agora em novembro, mas eu e meu ex-marido estamos resolvendo questões de guarda e é possível que ele permaneça com o pai durante algum tempo no Brasil. Isso é algo que temos deixado à escolha dele, apesar de ser uma criança de sete anos de idade apenas. Talvez algumas pessoas achem que ele não tenha condição de escolher, de fazer essa opção, mas eu não posso levá-lo se ele não quiser ir – e não posso deixá-lo se ele não quiser ficar. Então, isso fica a critério dele. Eu e o pai acreditamos que a decisão dele será a melhor.

Como é seu relacionamento com seu ex-marido?
Nosso relacionamento é muito superficial. Limita-se a questões a respeito de nosso filho. Já estamos separados há mais de quatro anos, e não há nenhuma mágoa no meu coração. Ele já está até envolvido com outro relacionamento e pretende se casar novamente. O que eu mais zelo é pela verdade, integridade e transparência. Muitas vezes, tem lugares por onde passo, as pessoas perguntam por ele, e eu faço questão de confirmar o meu divórcio e relatar que nós não estamos mais juntos há quatro anos. Eu não quero vender a imagem de boa menina, de boa moça; a imagem que eu vendo é a minha verdade e a minha realidade. E é a Deus que eu quero impressionar, e não aos homens.


Afinal, você parou de pregar devido ao escândalo homossexual? Depois do ocorrido, eu comuniquei ao meu marido o que aconteceu e a outra pessoa envolvida fez o mesmo com o marido dela. Então, nós duas fomos conversar com o pastor dela, Leon de Jesus, para resolver o que fazer. Só que eu já havia decidido parar de pregar, pois estava insatisfeita com minha vida pessoal e não queria viver numa farsa. Então, entreguei a minha credencial e disse que não estava mais disposta a exercer o meu ministério.

Na outra entrevista a ECLÉSIA (edição 97), você disse que foi aconselhada a agir como se nada tivesse acontecido e continuasse com o ministério. Confirma isso?
O ministério de Boston decidiu que deveríamos passar por uma disciplina, mas que a questão não fosse trazida a público para não causar um escândalo. Só que esses cuidados não eram com a minha alma, nem o de preservar o meu ministério – ou o da outra pessoa –, mas uma preocupação em evitar o escândalo que manchasse o nome da igreja. Isso era muito perceptível para mim. E eu já estava cansada de me sentir manipulada. Não falo isso especificamente em relação àquela igreja, mas de modo geral. Estava cansada de ser e fazer aquilo que as pessoas queriam que eu fosse e fizesse.

A Igreja Evangélica está preparada para tratar casos de homossexualismo entre seus membros?
Não. Aliás, quando falei sobre isso na primeira entrevista, minha fala foi usada até de maneira maldosa. Eu não disse, em 90% das igrejas por onde eu passava, como foi afirmado na matéria, as pessoas exerciam a homossexualidade ali dentro. O que eu disse foi que em 90% das igrejas por onde eu havia passado, encontrava pessoas com problemas de homossexualismo. Mas o que afirmei naquela entrevista, afirmo nesta: onde eu passo, é muito difícil que não haja pessoas que me procurem com problemas de homossexualidade, problemas que elas não sabem como resolver. Por mais que jejuem, por mais que orem, por mais que passem por processos de libertação, elas continuam sentindo as mesmas tendências, as mesmas encanações e as mesmas dificuldades. E falta confiança nos líderes, porque, se elas expõem as suas vidas, têm suas vidas expostas aos membros da igreja e a partir daí passam a sofrer discriminação, são colocadas de lado e impedidas de exercer qualquer cargo ministerial na igreja. Pessoas assim estão fadadas a morrer no último banco, porque para esses ministros e para essas igrejas elas não têm utilidade nenhuma. Então, o que eu percebo é que nós espiritualizamos demais o que precisa ser compreendido, ao invés de ser espiritualizado. Esse problema precisa ser conhecido para sabermos como pode ser tratado; mas nós fechamos a porta da graça, ao invés de abri-la.

Então, na sua opinião, qual seria a atitude correta da Igreja em relação ao homossexual ?
Não só falo da homossexualidade, mas do adultério, do vício da prostituição. Essas pessoas precisam de igrejas que as aceitem como elas são e que preguem a Palavra para elas, na expectativa e na certeza de que a libertação vai ocorrer de dentro pra fora. Não adianta pegar um homossexual e trocar suas vestes, fazendo dele uma personagem que passe a imagem de religioso, se por dentro ele está ferido, está machucado. A única coisa que a igreja pode fazer, se ela não tem respostas, é exercitar o amor. A homossexualidade não é pior do que o adultério, a prostituição ou a fornicação – para Deus, todos estão na mesma categoria.

Por que a Igreja é tão radical em relação aos pecados sexuais?
Eu te diria que é por causa dessa máscara de religiosidade. Nós condenamos os pecados sexuais, mas calamos a boca quando o assunto é a fofoca, a intriga. E nos calamos também em relação à falta de união entre pastores e ministérios e à busca incessante pelo poder. Não condenamos aqueles que usam o dinheiro que vem dos dízimos e das ofertas para suas vaidades pessoais., enquanto as igrejas estão limitadas a templos pobres e sem estrutura porque o dinheiro é totalmente utilizado de forma ilícita. Também não falamos contra a disputa que existe em nosso meio: quem é o melhor pregador, quem é o melhor cantor, quem é o que mais vende em igrejas. Isso tudo se tornou normal, mas o pecado sexual, não. É a mascara da religiosidade.

Você refere-se a esta nova fase do seu ministério como uma segunda etapa. O que mudou em relação à anterior?
As pessoas que já conheciam meu ministério, quando vão me ver pregar hoje, esperam aquela pregação bombástica, aquela característica que sempre foi vinculada ao ministério Lanna Holder – aquela pregação pentecostal, aquela palavra avivada, a necessidade de ver o povo pulando, recebendo o que nós usamos como a forma taxativa de poder. Hoje eu tenho muito mais preocupação em ter consciência, uma pregação com base na Palavra, sem aquela preocupação de que precisa haver manifestação de poder. Agora, minha maior preocupação é ministrar a Palavra, na certeza de que em cada igreja, de acordo com a unção e com a disposição do coração de Deus para me usar naquela ocasião, vai haver um mover diferente. Sei que, mesmo que as pessoas não tenham pulado ou não tenham caído, elas sairão dali com a Palavra semeada em seus corações e com suas vidas mudadas. Só a Palavra pode fazer isso.

No segmento evangélico, obreiros casados são mais respeitados. Você enfrenta alguma dificuldades por estar solteira? E tem planos para um novo casamento?
Olha, eu não tenho planos no momento, nem tenho pensado nisso. Na realidade, até costumo dizer que os meus planos não são os planos do Senhor. Embora eu continue sentindo que isso seja uma exigência do público, não vou me deixar levar por essas exigências. Eu vou viver minha vida, vou exercer o meu ministério. Quero criar o meu filho. Eu tenho muito desejo, sim, de ter outros filhos, mas quando associo esse sonho com a questão de um outro matrimônio, automaticamente já sinto um desejo de permanecer solteira. Então, eu diria que essa é uma questão que está à disposição do Senhor.

Você virou uma celebridade evangélica quando era muito jovem, com menos de 25 anos. Agora, sente-se mais preparada para o ministério?
Com certeza. Agora tenho muito mais maturidade e senso de responsabilidade. Eu acredito que isso é um fator determinante para que, com a bênção do Senhor, possa continuar essa obra.

Marcos Stefano
Jornalista da revista Eclésia

Fonte: http://www.eclesia.com.br/revistadet1.asp?cod_artigos=908