Filho de diretor do Bradesco e pastor passa 12 dias em cativeiro
 
SÃO PAULO - Paulo de Tarso Mello Monzani, de 18 anos, filho do diretor regional do Bradesco, Paulo de Tarso Monzani, foi libertado do cativeiro na noite desta quarta-feira. Ele foi levado no dia 9 de setembro, quando seguia com a irmã para a igreja em Osasco, na Grande São Paulo, onde fica a sede do banco.

Um dos três seqüestradores, David, trabalhou como pedreiro na casa da família há um ano. Para se aproximar e conhecer o cotidiano da vítima, passou a freqüentar a mesma igreja onde o pai de Paulo de Tarso é pastor.

O rapaz foi abordado por um homem num carro verde e colocado no porta-malas. O seqüestrador ficou circulando por estradas, atrás de pousadas onde pudesse esconder a vítima. Segundo a polícia, o jovem ficou bastante debilitado.

Nesta madrugada, policiais da Delegacia Anti-Seqüestro localizaram o jovem seqüestrado numa pousada em Avaré, a 249 km da capital paulista. A localização foi possível depois que um dos integrantes do bando foi preso e indicou onde estava a vítima. Um casal de seqüestradores também foi preso e o dinheiro do resgate recuperado.

A primeira prisão foi de Fernando Antônio Guidotti, ocorrida em Osasco, nesta quarta-feira. A equipe de policiais localizou o cativeiro e prendeu Kelly Gislaine Ferreira da Silva Hungria, que vigiava a vítima. O terceiro envolvido, Davi Felipe de Souza, acabou detido quando retornava ao local carregando o dinheiro do resgate.

Vice-presidente do banco foi seqüestrado em 1986

Este não é o primeiro seqüestro que envolve alguém ligado à direção do Bradesco. Em 1986, o então vice-presidente do banco, Antônio Beltran Martinez, ficou 41 dias em poder de seqüestradores. Foi o seqüestro mais longo da época. Ele foi libertado no dia 17 de dezembro, depois que do pagamento de um resgate de US$ 4 milhões.

Martinez foi levado no dia 7 de novembro de 1986. Somente seis meses depois de sua libertação (foi solto dia 17 de dezembro de 1986) é que conseguiu falar dos dias no cativeiro em que, segundo disse na época, teve "a sensação desesperadora de que ia morrer". Beltran fazia tudo o que os seqüestradores pediam, pois temia que qualquer descuido seu poderia ser fatal.

Fonte: Globo Online / Gospel +